Mas fez publicidade oficial e posou para foto, com dinheiro pago pelo contribuinte
O clichê diz: seria cômico se não fosse trágico. Seria até piada, se não fosse de mau gosto. Seria engraçado se não fosse vergonhoso.
Diz a legenda de um card postado nos perfis da Prefeitura de Itagibá no Instagram e no Facebook: "A Prefeitura de Itagibá recebeu mais uma conquista importante para toda população, se trata de um aparelho de Raio-X que teve o valor de R$ 66.000 mil reais, servirá para atender as demandas do município, no CEMED - Centro de Especialidades Medicas",
anunciou em 26 de maio de 2021.
O prefeito Marquinhos Barreto (PCdoB) estava na foto do card, no modus operandi bem típico dos gestores públicos brasileiros, que usa dinheiro do contribuinte em verbas publicitárias para o culto da própria personalidade.
Card, para o leitor que não é do ramo compreender, é uma peça publicitária gráfica, ferramenta comumente utilizada no marketing digital. O equivalente a um cartaz.
Passaram-se cinco meses e trouxe a informação o perfil de oposição Itagibá em Pauta, que é capitaneado pelo vereador Júnior Fonseca (União Brasil): "Engraçado... Secretaria de Saúde adquiriu desde o mês de maio um Aparelho de Raio X que ainda está bonitinho encaixotado dentro de uma sala".
Ontem, fonte da 2D trouxe a informação de o que aparelho segue lá naquele caixote de madeira gigantesco, que o leitor pode enxergar na imagem que ilustra essa matéria.
"Fui marcar exames nessas área não estão marcando. A menina do setor de regulação disse que quebrou. Em menos de 3 meses de uso? Na realidade nunca usaram. Semelhante ao mamógrafo",
diz fonte consultada pela 2D, que pede anonimato.
Duvida atroz. Saiu do caixote e voltou ou jamais saiu? Tanto faz, não diminui a gravidade do fato, envolvendo o aparelho que custou R$ 66 mil.
Será que virão mais 12 anos, como acontece com o mamógrafo, denunciado ontem (21/3) aqui?
2D
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