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Em Itagibá, mamógrafo comprado em 2010 jamais foi inaugurado

Lá na caixa em que chegou vem atravessando as gestões seis por meia dúzia de Gilson e Marquinhos

É perguntar por que não foi provocado o Ministério Público e o Poder Legislativo Municipal? Este aliás, em Itagibá serve apenas para ajoelhar-se ao prefeito da vez. Ora Gilson, ora Marquinhos.

No caso da história recente da cidade de Itagibá, leia-se o ping-pong das gestões seis por meia dúzia do atual prefeito Marquinhos Barreto (PCdoB) e ou Gilson Fonseca, que deve ter tomado o destino do União Brasil, que resultou da fusão do DEM com o PSL.

Porque chegou a essa Redação um caso escandaloso. Em 2010, por R$ 278.564,18, foi comprado um aparelho de mamografia.

"A mamografia é um exame de imagens das mamas, que são obtidas por meio de radiografia. Ele serve para identificar lesões, nódulos, assimetrias e diagnosticar precocemente o câncer de mamas" explica texto extraído de busca do google.

Mas, 12 anos depois ser entregue a secretária Municipal de Saúde, por ocasião da quarta gestão de Gilson Fonseca (2009 a 2012), ele não realizou um único exame. Permanece lá como chegou, dentro da embalagem e deteriorando, presume-se.

A fonte que despertou a 2D para este fato trouxe um cálculo para valores corrigidos, que dimensionam o tamanho do prejuízo. A cifra ultrapassa meio milhão de reais: R$ 587.876,34.

Prejuízo corrigido

A postura do prefeito Marquinhos sobre o episódio transita entre o deboche e a aberração. Ele informou, em entrevista a uma emissora de rádio, que o aparelho não foi instalado por falta de solicitação.

Chega até a ressuscitar a ilusionista enfermeira Dalila Lima Aguiar, que foi candidata a prefeita e derrotada em 2020 e passou por sua primeira gestão (2013 a 2016), dizendo que foi ela que não fez essa “solicitação”.

Provocou então o vereador Júnior Fonseca (UB), que foi para as redes sociais requisitar, publicamente, a instalação do aparelho, em post do dia 21 de outubro do ano passado.

A nota fiscal de 2010

Mas, infeliz e contraditório, o parlamentar começou dizendo acreditar que "não é hora de apontar quem fez ou deixou de fazer". Como bom e competente advogado que é, cuidou de sugerir panos quentes, lançando as responsabilidades para debaixo do debate e preservando, claro, o seu líder Gilson Fonseca.

Infeliz porque chamou de "boa notícia", como se seu pronunciamento pudesse ser ouvido pelos tímpanos moucos do prefeito Marquinhos Barreto. Nada, o aparelho segue na caixa. Se é que ainda funciona.

Na linha tempo
Para melhor entender, cronologicamente, assim está a hibernação do aparelho. Foi adquirido em 2010, no curso da primeira gestão de Gilson Fonseca.

Gilson foi embora em 2012. Marquinhos assumiu, ficou até 2016 e não instalou. Gilson votou em 2017, ficou até 2020 e nada de aparelho funcionar. Marquinhos, de volta em 2021, até agora só fez falar de Gilson e da oposição.

As partes citadas, inclusive Dalila e o vereador, tem o espaço da 2D amplamente aberto para esclarecimentos.

2D

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