Episódio é exemplo vivo de dinheiro público jogado no lixo. Em valores de hoje, R$ 1.247.747,16 jogados fora
Com o estardalhaço publicitário típico dos gestores públicos brasileiros, o médico Gilson Fonseca (DEM), no penúltimo ano de sua quarta passagem pela Prefeitura de Itagibá – em 2011 -, anunciou e deu início a construção de uma creche no Distrito do Japomirim.
À época, a obra foi orçada em R$ 1 milhão. Corrigidos, R$ 2,07 milhões em valores atuais.
Mas informa fonte da 2D, que preferiu não se identificar. “Foram gastos R$ 600 mil naquela estrutura abandonada que vemos nas fotos, que corrigidos em valores atuais dá R$ 1.247.747,16 milhão de reais jogados fora. Da gestão que iniciou as obras da creche, estamos na Quarta Gestão”,
diz, sentenciando um flagrante episódio de recursos do contribuinte, neste caso chamado povo de Itagibá, jogados na lata do lixo.
Em 2019, Gilson Fonseca (DEM), dentro da ainda inacabada temporada de desculpas ridículas, no curso de seu quinto mandato, conferido pelo generoso eleitor de Itagibá, foi ao rádio jogar a bronca no colo de Marquinhos Barreto (PCdoB) e na bancada de oposição. De ping-pong, Marquinhos foi antecessor de Gilson (2013 a 2016). Gilson Fonseca voltou a administrar o município de 2017 a 2020. E Marquinhos, agora, é sucessor de Gilson, eleito para o mandato de 2021 a 2024.
Disse Gilson: ”Essa obra só não foi terminada porque os vereadores da época negaram um pedido de suplementação que fizemos para conclusão do serviço, no valor de 400 mil reais. Vereadores como Calunga, William e Milton não aceitaram assinar o pedido e com isso não houve como o município dar continuidade com recursos próprios”.
Mas antes disso, em fala para o portal Bahia Notícias, Marquinhos se ocupou de uma desculpa não menos escandalosa. “De acordo com a atual secretaria de educação, Eliea Souza, arquitetos contratados pela pasta avaliaram o terreno e chegaram à conclusão de que há várias irregularidades para a continuidade da obra". “Não sei ao certo sobre os termos técnicos, mas o local não é próprio para a construção. Se o fizermos, há chances de cair. Ainda estamos avaliando, junto à secretaria de Obras, para ver se dá para aproveitar ou não”,
argumentou, através da sua secretária de Educação, à época.
E sobre a matéria do Bahia Notícias, de 7 de novembro de 2014, ainda revela a fonte anônima: "Na Matéria do Bahia Notícias, a gestão de Marquinhos, em 2014, tira o corpo de banda em relação a creche. Fazendo promessa de construir outra, que teve início em 2015, na sede do Município e está até hoje sem concluir. Inclusive tendo irregularidades na licitação culminando em Operação da Policia Federal em Itagibá nas dependências da Prefeitura"
.
Vereador que tem o Japomirim como base, Jajai (PSD) se diz decepcionado: “A creche do japomirim era um sonho, uma expectativa que as mães do Japomirim tinham, em ter um lugar em que pudesse deixar os seus filhos em segurança enquanto batalhavam pelo sustento da família. Sonho que tem sido frustrado desde a gestão de 2013 em que o prefeito Marquinhos assumiu o mandato garantindo à população que iria concluir a construção da tão sonhada creche, infelizmente, passaram -se 4 anos e a tão sonhada creche permaneceu em total abandono durante a gestão, entre as gestões de Marquinhos e Gilson, o certo é, que a creche continua sem conclusão .
“, declarou.
Sobre este tema, a 2D recuperou matéria do Portal IPolítica, de 6 de novembro de 2018. Clique aqui
e acesse.
Matéria de 2019 do Ipiaú Online, com declaração do ex-prefeito Gilson Fonseca (DEM), você pode acessar aqui.
Matéria de 2014 do Bahia Notícias, com declaração da então secretária de Educação, clique aqui
Gilson x Marquinhos. Dalila decepciona
Em 1973, Gison Fonseca fez-se médico, graduado pela Escola Baiana de Medicina, especializando-se em Anestesiologia e Clinica Geral. Em 1989, aos 43 anos, conquistou votos para chefiar pela primeira vez o executivo municipal da cidade onde nasceu. Retornou ainda mais quatro vezes ao posto e administrou Itagibá pelos períodos: 2º -1997 até 2000; 3º – 2005 até 2008 e 4º – 2009 até 2012.
Foi prefeito pela quinta vez de 2017 e até 2020, mas foi mal sucedido ao tentar a coroa de um sexto mandato, ficando em terceiro lugar na peleja eleitoral de 2020.
Em 2016, não deu para o comerciante Marcos Valério Barreto, o Marquinhos. Não teve sucesso na tentativa de ser conduzido ao segundo mandato de prefeito de Itagibá. Perdeu exatamente para Gilson Fonseca.
O filho do médico Raimundo Barreto, já falecido, tem uma culpa muito especifica para a sua derrota, à época: “Itagibá perdeu metade da receita, sem planejamento e várias obras foram interrompidas”, justificou Marquinhos, em entrevista para essa 2D
Mas o povo de Itagibá entendeu ser Marquinhos Barreto credor de uma segunda chance. Ele voltou a ser eleito prefeito em 2020, com quase o dobro de votos dos seus principais adversários. Catapultou 47,73% dos votos válidos, num total de 4.113 votos. Enquanto a enfermeira Dalila Aguiar (PSD) somou 2.207 votos (25,61% dos votos válidos) e Gilson Fonseca (DEM) 2.170 votos (25,18% dos votos válidos).
Dalila, posta como alternativa ao fim da clausura Gilson x Marquinhos, depois da eleição, pouco ou quase nada tem participado da vida pública do município. Tomou chá de silêncio, declinou da carreira politica antes mesmo dela começar ou optou por ser uma “líder” copa mundo, que aparece a cada quatro anos. Por enquanto, pela omissão e falta de postura, vai decepcionando, mesmo fora do poder.
Esclarecimentos
O espaço está a disposição do ex-prefeito Gilson Fonseca, para qualquer esclarecimento.
Em control c control v, essa Redação reitera: O espaço segue amplo e irrestritamente aberto para possíveis esclarecimentos do prefeito Marquinhos Barreto (PC do B). Desta feita, a 2D
não fez o contato prévio: a Prefeitura tem por padrão não retornar os contatos desta Redação.
2D