Infectologista explica que, nesses casos, a doença se desenvolve de forma leve
A Argentina confirmou hoje (3) que o presidente Alberto Fernandez testou positivo para o novo coronavírus. A informação é que o líder peronista, no primeiro mandato, está com boa saúde, apesar de ter sofrido de dor de cabeça e febre baixa.
Fernandez, que fez 62 anos ontem (2), havia dito anteriormente no Twitter que estava isolado, seguindo os protocolos para covid-19 depois que um teste inicial mostrou que ele tinha o vírus. Ele recebeu a vacina russa Sputnik V no início deste ano.
“O diagnóstico de infecção por covid-19 está confirmado. O quadro clínico é leve devido em grande parte ao efeito protetor da vacina recebida”, disse nota do médico Federico Saavedra.
Fernandez continua trabalhando mesmo com o diagnóstico. “Gostaria de terminar o meu aniversário sem esta notícia, mas estou de bom humor “, disse Fernandez.
O Instituto Gamaleya da Rússia, que desenvolveu a vacina Sputnik V, emitiu uma declaração aberta a Alberto Fernandez, dizendo que o Sputnik V é 91,6% eficaz contra infecções e 100% eficaz contra casos graves de coronavírus.
A Argentina adota medidas restritivas por mais de um ano. A covid-19 já matou mais de 56 mil pessoas no país até o momento. Cerca de 682.868 argentinos foram totalmente vacinados até agora, com prioridade para idosos e profissionais de saúde, segundo o governo.
De acordo com o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, isso é possível porque nenhum dos imunizantes testados contra o coronavírus é 100% eficaz.
No caso da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, a eficácia comprovada para a prevenção da Covid-19 é de 91,6%. Por isso, segundo Kfouri, a imunização não dispensa o uso de máscaras.
O Ministério da Saúde da Argentina informou que o presidente está entre menos de 0,2% dos vacinados do país que contraíram Covid-19. A ministra Carla Vizzotti disse que os dados estão sendo analisados pelo governo.
Por Eliana Raszewski
Agência Brasil – Reuters
Correio do Povo