Domingo, Maio 5, 2024
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Aceitem que dói menos, prefeita e Seleção de Cachoeira

Narrativa fantasiosa e vitimista apenas amplia o vexame que foi a derrota de 4 a 0 para a Seleção de Ipiaú e consequente desclassificação do Torneio Intermunicipal . Assista ao vídeo 🎥

No mais amado e badalado esporte do Planeta Terra a soberba é pecado capital.

A não ser por um W.O – quando um adversário declina e não vai à campo – os deuses do olimpo do futebol não permitem conhecer vencidos e vencedores antes do árbitro erguer os braços, apontar o centro do campo e trilar o apito decretando o fim da peleja.

A história é pródiga de exemplos que servem de alerta as novas gerações de técnicos, jogadores e gestores esportivos, dizendo que é prudente esperar o fim da partida para soltar fogos.

Em de abril de 1981, Bahia e Santa Cruz se enfrentaram na velha Fonte Nova, em partida válida pela Taça de Prata, antigo nome dado ao Campeonato Brasileiro. Na primeira do mata-mata, lá no Recife, o tricolor apanhou de 4 a 0 e precisava de inacreditáveis cinco gols de diferença – no jogo de volta – para passar adiante na competição. Aconteceu, o Bahia mandou um histórico 5 a 0.

Valia o título continental. Na decisão da Mercosul de 2000, o Vasco de Romário, Euller, Juninho Paulista e Juninho Pernambucano saiu atrás no primeiro tempo e foi para o intervalo perdendo por 3 a 0. O título do Palmeiras parecia questão de tempo. Na segunda etapa, porém, Romário (três vezes) e Juninho Paulista marcaram os gols da épica virada vascaína em pleno estádio Palestra Itália.

Mais recentemente, em 2019, o Flamengo voltava a uma final de Libertadores após 28 anos. O sonho de toda uma geração de rubro-negros estava prestes a acabar quando o atacante Gabigol, artilheiro da Libertadores, fez história ao marcar os dois gols da virada rubro-negra nos cinco minutos finais da partida.

O feito da seleção de Ipiaú, neste domingo passado (14/10), no Estádio Pedro Caetano, vai também para este rol dos “inacreditáveis”, quando fez o tradicional selecionado da cidade Cachoeira cair de 4 a 0. Dobrando o placar do jogo de ida, quando perdeu por 2 a 0.

Toda honra, glória e mérito – incontestáveis – aos comandados do técnico Guto, que faz uma brilhante campanha nesta edição 2023 do tradicional Torneio Intermunicipal.

Este é o futebol que provoca fortes emoções, por isso arrasta multidões.

Mas se consorciado com a politicalha, implica em fortes decepções, como protagoniza os derrotados atletas da Seleção de Cachoeira que foram, em vídeo para as redes sociais, afirmar que entregaram o jogo o porque foram ameaçados.

"A gente tinha que facilitar o jogo para eles", diz um dos atletas, feito porta voz dos outros, citando – ou criando – episódios que teriam acontecido no Estádio e nos seus arredores, envolvendo torcedores da Seleção de Ipiaú.

Uma narrativa fantasiosa e vitimista que não encontra realidade até mesmo nos vídeos que eles apresentaram, fazendo flagrantes as inverdades.

Jovens atletas, provavelmente orientados por políticos, que mancham, muito precocemente, suas biografias.

Mas a politicalha não se deu por satisfeita com a exposição dos seus atletas ao vexame público. Eles também foram as redes sociais reforçar a inverdade e falaram até em ir ao tapetão para anular a partida.

Gol contra. Fato que soa como um piada, porque, como dizem os juristas, o conjunto probatório é muito frágil. É, escancaradamente, desmentido pelas próprios vídeos que eles fazem circular pelas redes sociais.

É legítima e inquestionável a brilhante vitória da equipe ipiauense.

Cuide a prefeita de Cachoeira e seus comandados de pensar no torneio de 2024 e aceitar o fracasso: alivia a dor.

2D

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