Quarta-feira, Outubro 2, 2024
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“É hora de garantirmos nosso futuro em torno de pessoas sérias e honestas. Ipiaú é você”, escreve Paulo Gustavo Borges

"Ipiaú de Zé Bala, Mestre Braz, João Manga, Epa Epa, Morota do Cine Éden, Zé da Volks, Carlinhos da Sanfona, Milton Pinheiro, Aldo Tripodi e tantas outras figuras que minha memória e pouca idade fazem com que me passe", lembra o estudante do 4º período de Direito, em artigo para a 2D

Paulo Gustavo Borges é estudante do 4º período de Direito e foi presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES – em Ipiaú

Democracia, advinda do grego, é a junção de duas palavras: “demos”, que significa povo, e “kratos”, que significa poder. Desse modo, podemos definir a democracia como o poder do

O povo é soberano na tomada de decisão sobre o futuro. Mas o que é povo? Povo é uma palavra que remonta ao termo em latim “populus”, que designa um grupo de pessoas unidas por laços sociais e culturais. Essa origem histórica reforça a ideia de coletividade e pertencimento, destacando a importância das relações sociais na identidade de um povo.

Analisando tais conceitos, é impossível deixar de fazer uma reflexão. Estamos em ano eleitoral, um período de tomadas de decisões importantes acerca do futuro de nossa cidade. Desse modo, pergunto-me: estamos nos entendendo como povo? Ipiaú tem 91 anos, repletos de história e lutas em favor do povo dessa cidade.

O ipiauense traz em seu DNA laços históricos com seus ilustres filhos. O marco inicial da colonização do Município de Ipiaú data do início do século XX. Antes, a região era habitada pelos índios Tapuias, quando surgiram os primeiros desbravadores, tendo como pioneiro Raimundo Santos, conhecido como Raimundo Crente.

O lugarejo foi chamado de Rapa-tição e, segundo alguns, a origem desse termo deve-se a uma briga entre duas mulheres que usaram lenha em brasa como arma. Outros explicam que tal nome era uma corruptela da palavra “Repartição”, pois no arraial funcionava um posto de arrecadação de tributos fiscais, instalado em 1916 pela Intendência de Camamu.

Em 1º de agosto de 1916, Rapatição passou à categoria de distrito, com o nome de Alfredo Martins, pertencente ao município de Camamu. Em 1930, foi elevado a subprefeitura, com o nome de Rio Novo, e em 1931 foi desmembrado do município de Camamu e anexado a Jequié. Finalmente, por força da Lei Estadual nº 8.725, de 2 de dezembro de 1933, assinada pelo então Governador Juracy Magalhães, foi criado o município de Rio Novo, cuja denominação se explica devido às modificações no leito do Rio Água Branca, afluente do Rio de Contas, que banha aquela região.

Mais tarde, exatamente em 31 de dezembro de 1943, uma reformulação administrativa impôs a mudança do nome de Rio Novo, ao proibir a existência, no Brasil, de duas localidades com a mesma denominação. Assim, surgiu o novo nome – Ipiaú – que quer dizer “rio novo” na língua Tupi. Ipiaú abrigou os sonhos de um hábil advogado que mergulhou na carreira política e concretizou a primeira experiência de reforma agrária da Bahia.

Dr. Euclides José Teixeira Neto geriu nosso município nos anos 60, sendo responsável pela construção da Fazenda do Povo, onde abrigou dezenas de famílias em uma área de 167 hectares de terra, onde todas aquelas famílias foram motivadas a produzir e gerar renda. Euclides era de Ubaíra, mas em 1949, após aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, fixou residência em Ipiaú, onde constituiu família e viveu até sua hora final em 2000.

Ipiaú também serviu de berço para Eraldo Tinoco de Melo, que nasceu em 20 de novembro de 1943. Bacharel em Administração Pública pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde posteriormente foi professor, ele serviu como ministro da Educação no governo Collor, secretário da Educação nos governos César Borges e Antônio Carlos Magalhães e vice-governador da Bahia durante o governo de Paulo Souto. Ipiaú era a terra querida de Edvaldo Santiago, o saudoso professor Tatai.

Ele foi um autêntico democrata, presidente da câmara e serviu por oito mandatos consecutivos como vereador, com grande disposição para o diálogo e um imenso amor por Ipiaú e seu povo. Era um homem íntegro e generoso que, ao longo de sua vida pública, trabalhou pelo desenvolvimento do município e o bem-estar da comunidade.

Ipiaú serviu de morada para grandes mestres da política ipiauense: Hildebrando Nunes Rezende, Miguel Cunha Coutinho e José Motta Fernandes embalavam a política de nossa cidade, ora aliados, noutra oponentes, mas sempre levando consigo os vínculos fraternos de amizade.

Ipiaú, do histórico Cine Éden, cujas matinês serviram de ponto de acolhida para os casais apaixonados de nosso município. Do Rio Novo Tênis Club, onde as festas tinham a figura tradicional de Veras. Ipiaú do Bloco Funil, liderado pelo querido Carlos Alberto Mattos… Ah, Ipiaú, meu bem querer!

Ipiaú de tradição maçônica, de grandes baluartes como Edward Pereira de Oliveira, Jaldo Reis, Nilson Almeida Santos, Antônio Lisboa Nogueira, cujos ataúdes são repletos de glória e cujo legado é dado continuidade por personalidades como José Lourenço da Silva Neto, Antônio Lisboa do Amaral, Pedro Bonfim, Edilton Bastos, Sebastião Ribeiro e outros tantos que fortalecem as colunas da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Fraternidade Rionovense nº 32, Oriente de Ipiaú.

Ipiaú de Zé Bala, Mestre Braz, João Manga, Epa Epa, Morota do Cine Éden, Zé da Volks, Carlinhos da Sanfona, Milton Pinheiro, Aldo Tripodi e tantas outras figuras que minha memória e pouca idade fazem com que me passe.

Ipiaú, você tem um DNA de história e responsabilidade social! Somos uma cidade construída às custas de muito trabalho! Como diria Ubirajara Costa em sua campanha: Ipiaú é Você! Nós temos a responsabilidade para com nossos antepassados de honrar seu legado e construir um futuro para o nosso povo! Um futuro de dignidade, respeito e responsabilidade social.
Paulo Gustavo Borges

No próximo domingo, temos a oportunidade de escolher um entre dois projetos, um composto por dois homens de legado aqui em Ipiaú: Alípio, membro de uma família que há 50 anos gera emprego e renda para o povo de nossa cidade, e Leôncio, habilidoso médico e agricultor, por cujas mãos as gerações ipiauenses se renovaram. Ambos unidos em um propósito: devolver Ipiaú ao seu povo! Ipiaú é nossa! Ipiaú tem sua graça e coragem. É hora de garantirmos nosso futuro em torno de pessoas sérias e HONESTAS. Ipiaú é você!

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