A insatisfação com o presidente Lula, do PT, tem levado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) a realizar invasões de terras em diferentes regiões do Brasil, como no Rio Grande do Sul e no Pará
No estado gaúcho, duas fazendas em Pedras Altas estão ocupadas por famílias acampadas, enquanto em Porto Alegre, militantes se concentram na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No Pará, a Estrada de Ferro Carajás, em Parauapebas, foi bloqueada.
Essas ações fazem parte da mobilização denominada “Natal com Terra”, que visa pressionar o governo a agir em relação à reforma agrária. Na sede do Incra, cerca de 1.500 famílias exigem assentamento, alegando que estão há mais de uma década sem avanços nos processos de reforma agrária.
O Incra, por sua vez, informou que aproximadamente 200 manifestantes estão acampados em suas dependências, mas não recebeu nenhuma pauta de reivindicação até o meio-dia.
O MST tem solicitado não apenas a aceleração da reforma agrária, mas também a demissão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O governo, no entanto, justifica que enfrenta limitações orçamentárias que dificultam a implementação das demandas.
Desde o início do terceiro mandato de Lula, a relação entre o governo e o MST tem se deteriorado, com um aumento significativo nas invasões de terras, totalizando 35 ocorrências neste ano, o que representa um crescimento de 150% em comparação ao ano anterior.
Além disso, os investimentos do governo Lula III em reforma agrária têm sido consideravelmente inferiores aos de administrações anteriores do PT, com uma média de recursos pelo menos cinco vezes menor. Essa situação tem gerado um clima de tensão entre o MST e o governo, refletindo a insatisfação dos trabalhadores rurais com a lentidão nas políticas de reforma agrária.
2D com informações de JP News