A União Química, responsável pela produção da vacina russa Sputnik V no Brasil, disse que a publicação do estudo sobre a eficácia das doses deverá facilitar o registro pela Anvisa. As informações são de Maira Di Giaimo, da Rádio Bandeirantes.
De acordo com a pesquisa publicada pela revista científica The Lancet, o imunizante obteve uma taxa de 91,6% – nos casos graves, 100%. A novidade confere credibilidade aos dados, já que os artigos do periódico são revisados por especialistas.
Apesar da boa notícia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária alertou, em nota, que o laboratório deve cumprir uma série de exigências para tornar a Sputnik V viável. Na lista estão a apresentação do estudo completo sobre o imunizante e a realização da terceira fase de testes em território nacional.
Por enquanto, só a vacina de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac têm autorização para o uso emergencial. O Brasil tem hoje em mãos 2 milhões de doses do imunizante inglês e 10 milhões de unidades da vacina chinesa desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan.
Para acelerar a vacinação, o governo de São Paulo pretende fazer uso das doses da Coronavac que estão guardadas para a segunda aplicação. Segundo o infectologista Marco Aurélio Sáfadi, a estratégia pode reduzir o número de internações e óbitos.
Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria disse que irá usar as vacinas guardadas, mesmo sem autorização federal. Segundo o especialista em direito sanitário e professor da USP, Fernando Aith, os estados têm autoridade para tomar a decisão, desde que justifiquem tecnicamente.
Outra pesquisa publicada pela revista The Lancet revelou que a vacina de Oxford tem 76% de eficácia em pacientes após três semanas da primeira dose. Os estudos clínicos também apontaram uma taxa de 82,4% após três meses da segunda aplicação.
Da Redação da Band News, com Rádio Bandeirantes