Parlamentar afirmou que união da legenda para votar em Baleia Rossi para ser seu sucessor na Câmara estava difícil
Durante uma reunião no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (26), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse temer que o Democratas receba o apelido antigo de “partido da boquinha”. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, em relatos conseguidos após o encontro, Maia afirmou que união da legenda para votar em Baleia Rossi para ser seu sucessor na Casa estava difícil. Também participaram do encontro o prefeito do RJ, Eduardo Paes, e deputados federais de partidos de direita e esquerda.
Conforme a publicação, o parlamentar teria se mostrado insatisfeito com ACM Neto por ele não usar a influência como presidente do DEM e ex-prefeito de Salvador para impedir que integrantes da legenda na Bahia se manifestassem a favor de Arthur Lira (PP-AL), candidato à Presidência da Câmara. Lira é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo o jornal, em ligação para Neto, Maia teria afirmado que se o partido aceitar cargos e emendas oferecidos pelo governo de Jair Bolsonaro e por Lira em troca de votos pode ser tornar o “partido da boquinha”.
Em conversa com a publicação, o parlamentar confirmou o uso da expressão, mas negou que ela tenha sido usada como crítica a ACM Neto. De acordo com ele, a fala foi um alerta ao presidente do partido, que garantiu que o apoio será dado a Baleia Rossi.
A expressão foi usada pela primeira vez em 1999 pelo então governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PDT). Na época, ele afirmou que o PT, antigo aliado, deveria mudar o nome no estado para PB (Partido da Boquinha). Na ocasião, em entrevista à Época, ele disse que o Partido dos Trabalhadores já possuía mais de 200 cargos no governo, mas queria mais.
Bahia.ba