Além das pastas, ministro afirmou que reajuste de servidores seria prejudicado com nova rodada de pagamentos de auxílio emergencial
O ministro da Economia, Paulo Guedes, condicionou a renovação do auxílio emergencial à contenção de gastos do governo com Educação e Segurança Pública. O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro afirmou que não se pode ficar gritando “guerra” toda hora, em referência ao “orçamento de guerra”, aprovado pelo Congresso e que permitiu ao governo investir em ações de combate à pandemia de Covid-19.
“Quer criar o auxílio emergencial de novo, tem de ter muito cuidado. Pensa bastante, pois, se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para Educação, para Segurança Pública, pois a prioridade passou a ser absoluta, é uma guerra. Aqui é a mesma coisa. Se apertar o botão ali, vai ter de travar o resto todo [do orçamento]. Então vamos observar a economia, a saúde, os dois andam juntos, e esperar pelo melhor”, disse o ministro, de acordo com o G1.
Guedes ainda afirmou que liberar uma nova rodada de auxílio emergencial seria como disparar uma bomba atômica. O benefício foi pago entre abril e dezembro do ano passado, no valor de R$ 600 nas cinco primeiras parcelas e reduzido à metade nos últimos meses.
Oposição e governo têm defendido a renovação do auxílio dentro do teto de gastos do governo. Guedes cobrou da classe política a responsabilidade pelos orçamentos e disse que , em caso de emergência, não é só apertar o botão vermelho, pegar o dinheiro e sair correndo.
“Tem de fazer todo o protocolo de sacrifício por anos. Se você está em guerra, não tem distribuição de medalha antes da guerra acabar, ou seja, não pode ter aumento de salário enquanto não passar um, dois anos depois da guerra. Tem de pagar o custo da guerra, não pode empurrar isso para as futuras gerações”, afirmou.
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