O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) afirmou, nesta quarta-feira (12), que o PSOL terá candidatura própria ao governo do Estado nas eleições de 2026. Segundo o parlamentar, a decisão é resultado de uma análise crítica do atual governo de Jerônimo Rodrigues (PT), do qual o partido fez parte por nove meses.
Entre os nomes que saltam para a disputa estão Kleber Rosa, que foi candidato ao governo em 2022 e à Prefeitura de Salvador em 2024, Tâmara Azevedo, que disputou o Senado, Dona Mira, candidata a vice na capital baiana, os vereadores de Salvador Hamilton Assis e Eliete Paraguaçu, e o próprio Hilton Coelho.
“Com certeza o PSOL vai ter candidatura própria, isso parte de uma leitura que nós temos sobre o que vem sendo o governo Jerônimo”, afirmou Coelho. Ele destacou que, apesar de o PSOL ter participado inicialmente do conselho político da gestão, as propostas não foram acolhidas pelo governador.
“O PSOL tomou a posição de retirada de seus militantes desse conselho. Então, não assumimos cargo formalmente no governo, apenas tivemos um papel de tentar contribuir com o conteúdo, com as posições do PSOL e percebemos que não houve repercussão, não houve adesão por parte do governo Jerônimo”, justificou.
Hilton Coelho também criticou a condução do governo do Estado no campo da segurança pública, onde, segundo ele, há uma “opção política” pelo enfrentamento “em detrimento do modelo da investigação, que ao nosso ver deve ser um modelo tentado, ao lado de políticas sociais que tenham realmente investimentos na casa de bilhões. Sem esses investimentos não será possível mudar essa trajetória”.
As críticas do PSOL também se estendem à agenda ambiental, educação e trato com os servidores públicos. Esta semana, a propósito, o psolista protocolou um projeto de lei propondo o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho para 32 horas semanais para servidores estaduais e trabalhadores contratados pelo poder público.
“A questão ambiental para nós é muito cara também. O problema da educação na Bahia é muito problemático e a privatização da saúde, além da relação com o serviço público em geral. Ao nosso ver, existe um problema muito grave na Bahia, a necessidade que nós temos de serviços públicos que sejam de qualidade, que garantam dignidade para o nosso povo”, apontou Hilton Coelho.
“Isso não vai acontecer com uma posição, ao meu ver, autoritária, desrespeitosa, que infelizmente continua sendo adotada, talvez numa intensidade um pouco menor, mas ainda vem sendo adotado pelo governador Jerônimo. Acho que tudo isso retira as bases programáticas para uma composição no primeiro turno”, completou.
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