Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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ELEIÇÕES 2024: A partir de 2025, Ipiaú poderá ter sua própria Moeda Social, como reação e forma de atalho de se chegar ao desenvolvimento socioeconômico territorial local

É o que sugere o urbanista e arquiteto ipiauense, Elson Andrade, que traz uma reflexão acerca da implantação duma Moeda Social Local, via prefeitura municipal, dentro do tema Economia Solidária, como um importante atalho libertador, para se atingir o verdadeiro desenvolvimento territorial local

Elson Andrade é arquiteto, urbanista, empresário e pós graduado do Instituto de Economia da Unicamp

Atualmente, quando se roda a vinheta áudio-promocional, (propaganda paga do atual governo municipal) onde se ouvi cantar diuturnamente nas rádios o Slogan: – Ipiaú cidade do desenvolvimento – logo alguém retruca, também cantando: – Ipiaú, cidade do 10envolvimento! É envolvimento pra todo laaaado. Ou seja, o desenvolvimento de verdade, da cidade virou motivo de pilheria, dado a real estagnação e preocupante derrocada da economia local.

Só para se ter uma ideia comparativa, enquanto a renda Per Capta (por cabeça) média nacional, gira na casa dos R$ 38 mil, a de Ipiaú rasteja na casa dos 12 mil anuais. Ou seja, está nos faltando ter mais um bilhão de rendimento anual, para estarmos na faixa da mediocridade (para estar na média nacional).

Pasmem, mas segundo o IBGE, Ipiaú tem 45,7% da população sobrevivendo com rendimento médio nominal mensal Per Capito, de até 1/2 salário mínimo.

Para contextualizar o tema em forma de figura de linguagem, imagine que Ipiaú fosse uma ilha, e que houvesse apenas um porto, local único, por onde entra e sai os bens e serviços, sejam produtos de importação ou exportação.

Nesta cena, ficaria claro tudo que a cidade produz e exporta de excedente, e, tudo que a cidade importa para dar conta das suas demandas e consumos correntes.

Ou seja, Ipiaú não produz combustível, energia elétrica, celulares, veículos, arroz… Ao passo que produzimos cacau, parte da banana e hortifrutigranjeiro que consumimos diariamente. Então, de onde vem a sustentação dessa desequilibrada conta?

Não é preciso ser especialista em economia, para suspeitar que o valor total da nossa produção local, não faz nem cócegas no valor dos bens e serviços de tudo que consumimos, mediante importação. Quem está bancando tudo aquilo que é produzido fora do nosso território, e aqui chega para o nosso consumo?

  • Quem está arcando com esse fardo?
  • Quanto?
  • Como?
  • De que forma?
  • De onde vem, e na mão de quem vai parar esse dinheiro?
  • Inúmeras são as indagações…
  • Por fim, como temos conseguido sustentar essa desequilibrada conta, pelo ponto de vista financeiro? 

Em verdade, Ipiaú tem se transformado cada vez mais, numa economia rebocada, dependente principalmente do governo federal que tem derramado anualmente milhões de Reais, seja na mão dos cidadãos pendurados em programas assistenciais, emergenciais, previdenciários… Não só os cidadãos, mas também, no abastecimento dos cofres públicos municipal, que tem cerca de 3/4 do orçamento municipal abastecido por transferências federais, e, cerca de 1/8 de transferências estadual. A arrecadação própria local, é pífia, dado ao grau de “pobreza” local.

A intuição nos diz que devemos malandramente, manter o bico calado e aproveitar a maré favorável. Mas isso é sustentável?

No entanto, esse grau de dependência tem nos deixado cada ano, mais pobres, relativamente, se comparado à média nacional, em especial pela falta de produção de bens e serviços locais. Ou seja, tudo que entra, sai, dado a baixa produção interna; precisamos importar praticamente tudo. Ou seja, temos um modelo econômico, tipo uma caixa d´água furada, que não nos propicia formar poupança, e consequentemente, também não se gera emprego, renda, domínio de tecnologia… E por fim, criação e apropriação de valor, advindo do suor próprio, comparativamente.

Daí surge uma outra pergunta: Como vamos iniciar a um sistema robusto de produção local, se o que recebemos em dinheiro não tem passado de esmola (depois de dividido para cada um). Mal dá para a subsistência. Nos restando portanto, um alto grau de dependência, político-econômico insustentável, estagnador e viciante.

Por outro lado, Ipiaú está localizada na privilegiada zona da mata, região de potencial agrícola alto, seja na produção, distribuição, comercialização… por se configurar geograficamente, como um Polo Microrregional “importante”.

Se “tem tudo” para se desenvolver, por que não se desenvolve?

A explicação lógica é que há duas economias: A real (de bens e serviços) e a financeira (do dinheiro). Logo, se todos depositam seu dinheiro no banco, e o banco não dá crédito local em quantidade e/ou qualidade (taxa de juros menor que taxa de lucro), e ainda, leva embora esse dinheiro para receber juros para si, no Banco Central, nas tais conta voluntárias remuneradas, custeadas com recursos oriundos dos impostos dos brasileiros em geral… a comunidade fica amarrada a uma economia à vista. E bem sabemos, que a concessão de crédito é sim, uma das formas milagrosas do destravamento temporal da economia, ao fazer a roda girar, trazendo o futuro para o presente de forma alavancadora.

Reprodução Site Poder 360

E portanto, aí reside o cerne da questão, no que tange o velado e malandro parasitismo da economia financeira brasileira, e o velado sistema de expropriação financeira de um povo, via sistema bancário parasitário, e seus rentistas, CPFs por trás.

Para todo aquele leitor(a)sábios(as) de dois pés, peço a devida pachorra a assistirem oportunamente, os dois vídeos abaixo indicados, com as melhores explicações, detalhadas, do que vem a ser uma Moeda Social e um Banco Comunitário, em especial, quando implantados pela municipalidade, verdadeiramente comprometida com o real Desenvolvimento Territorial Local.

Essa forma de dinheiro de foro local, tem adicionalmente a prerrogativa de servir inclusive, para escorraçar daqui os políticos forasteiros expropriadores dos “nossos recursos”, dados que essa moeda de cunho e validade locais, não será aceita em Salvador.

Dado ao manifesto apoio de inteligentes candidatos à prefeitura, à Câmara municipal de Ipiaú, e ilustres cidadãos, surge uma ponta de esperança de a partir de 2025, Ipiaú ter sua Moeda Social Local integrada ao sistema nacional de bancos comunitários e ao sistema de pagamento e-dinheiro. Tudo devidamente legalizado e autorizado pelo Banco Central do Brasil, na forma da lei.

Percebam nos vídeos, que a Moeda Social já é uma realidade em diversas comunidade brasileira, e no mundo; há muito tempo.

Bom vídeo a todos os ainda vivos!

A 2D tem diversos outros artigos de foro regional que poderão trazer informações e debates de grande valia para a sua vida ou negócio. Não deixe de ler e compartilhar essa publicações, acessando acessando aqui a secção Elson Andrade.

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Para os mais astutos, sugerimos assistirem ao vídeo abaixo, (disponíveis no YouTube) como reflexão complementar a leitura.

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