Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Na análise de Elson Andrade, a financeiramente rebocada economia de Ipiaú e a relação com o sequestro da poupança dos pequenos municípios

"Os dados demonstram que a renda Per Capta de Ipiaú, por exemplo, caiu para a posição 4.323 no ranking nacional, dentre as 5.570 cidades-economias brasileiras", diz, em artigo para a 2D

“Inteligência” Financeira – Capítulo de hoje: O Sequestro da Poupança dos Pequenos Municípios Sul Baianos Boquiabertos

Elson Andrade é arquiteto, urbanista, empresário e pós-graduado pelo Instituto de Economia da Unicamp

Que Ipiaú e região vivem perdidas na era da “pós” economia da Cacauicultura exportadora-exógena alheia, sem ainda terem se dado conta do que poderiam virem a ser, pelo ponto de vista da Economia Real, tal qual um cachorro que caiu do caminhão da mudança 500 km antes do noviço destino, disso, todos já sabem de cor e salteado.

No entanto, o que muitos ainda não sabem dizer ao certo, é que diacho de momento econômico transitório é esse que estamos atravessando, já há décadas, e ainda nada de próspero e sustentável em curso.

Em verdade, em verdade vós digo, que muitos nem têm certeza se chegamos a sair do lugar que paramos, indo para frente, andando de lado, ou, em plena e veloz marcha ré.

Bom. Se é que de fato retrato conta a história de um tempo-lugar, batida a foto do prédio da Ceplac, uma vez emoldurada e pendurada na parede, tudo aparentemente ainda está intocado no ano calendário de 1987. Exceto os custos devassos desta triste cena.

Os dados demonstram que a renda Per Capta de Ipiaú, por exemplo, caiu para a posição 4.323 no ranking nacional, dentre as 5.570 cidades-economias brasileiras.

A Economia ipiauense, sem a devida produção local, passou a condição de economia rebocada financeiramente, ao depender cada vez mais dos recursos advindos dos entes do poder público de cima, “exógenos”.

Em especial, do Governo Federal, via FMP/Fundeb, INSS, BPC, Bolsa Família, Auxílio Defeso. Onde 1 em cada 4 empregos formais na cidade é estatal. Preponderantemente, municipal. Ou seja: pendurado na Folha de Pagamento da Prefeitura, Câmara Municipal ou Consórcio Intermunicipal, do qual a cidade faz parte conjuntamente com outros 11 municípios.

Consórcio Intermunicipal do Médio Rio das Contas (CIMURC) propriedade do povo, que tem como sócios os municípios de: Aiquara, Apuarema, Itamari, Ibirataia, Ipiaú, Itagibá, Barra do Rocha, Ubatã, Gongogi, Nova Ibiá, Jequié e Jitaúna, integrados, e assim RESPONDEM SOLIDARIAMENTE os 12 municípios consorciados. Situado na Praça Duque de Caxias, s/n – Jequiezinho, Jequié-BA, CEP: 45.208-903 e-mail: cimurc@hotmail.com site: https://www.cimurc.ba.gov.br/ fone: (73) 3525-0000.

Reprodução: Dados oficiais do emprego e da renda em Ipiaú-BA

Para que o leitor bem entenda do que se trata e impacta a questão em tela, vamos separar a produção, apropriação e distribuição da riqueza produzida num lugar; como sendo figuras e escopo de duas faces distintas duma “mesma” Economia. Quais sejam:

A Economia Real, onde faz parte o mundo fático, das coisas efetivamente produzidas, predominantemente de bens matérias e/ou de serviços; e

A Economia Financeira, “locus” onde faz parte o mundo abstrato, contábil, escritural, financeiro. Dos registros, transações e serviços bancários, por exemplo. (conversíveis em bens e serviços da economia real, em prol do detentor do ativo “parasitário”);

De forma anedótica, quase póstuma, de quem sobrevive pendurado num balão de oxigênio na UTI. A exemplo comparativo, seria o caso em que os alunos do curso de Agropecuária da cambaleante Emarc de Uruçuca promovessem sua festa de formatura no falido e abandonado Rio Novo Tênis Clube de Ipiaú.

Para viabilizar a comercialização e distribuição das comidas e bebidas (inclusive Tubaína da falida fábrica ipiauense dos Bois), emitissem fichas monetárias a serem entregues no balcão, em processo de troca por bens e/ou serviço, ali comercializados na festa.

Reprodução: https://www.elo7.com.br/fichas

Muito bem. Eis que no momento do planejamento da festa, Mané de Filó, menino sobrevivente de pesca artesanal, criado na beira do abandonado e subjugado rio Água Branca, levanta a mão e questiona: – Quantas fichas vamos precisar encomendar e imprimir na gráfica, para viabilizar a operação do processo de comercialização e distribuição das bebidas em nossa festa?

Pergunta inusitada à plebe rude, que em cara de espanto respondeu em coro: – Sei lá! Qual a importância disso, para o sucesso da festa? Questionou a Mariazinha da esquecida e “investigável” Oceania.

Ora, qual a relação da quantidade de Papel Moeda em circulação (fichas monetárias circulantes da tal festa), com a animosidade da festa em si? Será que mais ou menos, fichas, teria o condão de inferir na animosidade e sucesso do evento?

Raimundão, filho de fazendeiro quebrado de 30,4ha, laaaá da região dos Cafundós do Judas, depois da Baixa Alegre, sete léguas e meia, metido a inteligente que só, logo teve a seguinte sacada: – Vamos instalar o caixa, fisicamente ao lado do balcão de bebidas. Daí, a cada bebida entregue, devolveremos rapidamente a mesma ficha ao caixa, e, põe-se a vendê-la novamente. Sucessivamente!

Rapaaaz… O cara é gênio!!! Percebeu a legalidade-imoral na trapaça contábil-financeira astuciada por trás do imbróglio, do estoque versus o giro?

Gráfico produção própria, base relatório BCB.

“Auto lá”, questionou o velho professor Omar, de matemática da ex-imperiosa Emarc. “Isso seria pelo ponto de vista contábil, uma fraude ao sistema de contas públicas (coletivas no caso em tela).

Reparem que as 5h da matina ao fechar o caixa, ressaltou: – Isso vai dar probleeeema. Como podemos saber quantas cerveja foram vendidas, se cada ficha deu várias voltas na boca do caixa! E se vendermos 3.000 cervejas e ao amanhecer, no final da festa, (com D. Clarice já aposta na tradicional barraca do mingau)se só tiver no caixa as 30 e únicas fichas impressas na gráfica e colocadas em circulação malandramente na festa.

Seria como se tivéssemos inúmeras matrículas dum mesmo imóvel e a hipotecássemos em vários negócios distintos. Como vamos saber e fechar as demonstrações econômico-financeiras do caixa, versus a reta contabilidade (locus original da apropriação da riqueza produzida) das contas da festa?

O silêncio foi geral.

Gráfico produção própria, base relatório BCB

Nos quadros e gráficos acima, está a estatística bancária separada por agência no município de Ipiaú, com a informação financeira-monetária em contraposição à contábil, mostrando o nível dos saldos e valores das principais rubricas contábeis do balanço contábil das quatro agências dos bancos comerciais e/ou múltiplos com carteira comercial, presente na cidade.

Tudo conforme estabelece o comunicado 20.467-11 do Banco Central do Brasil, cujo os títulos contábeis, que são aglutinados em cada verbete, encontram-se divulgados no COSIF – Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional.

Gráfico produção própria, base relatório BCB.

A pergunta que fica é: – Como fazer com que as pessoas comuns percebam que os cidadãos ipiauienses, que têm recursos financeiros mais que suficientes, capazes de tocar nossa própria economia, sem precisar passar por esse verdadeiro sequestro de suas poupanças, cedidas aos grandes bancos, forasteiros-parasitas, que dão entrada desses recursos monetários em suas contabilidades, como se todo o dinheiro que lhes foi entregue, via aplicação financeiras, fossem mesmo deles, e que por fim e ao cabo, [deixem de ser carreados para fora da nossa cambaleante economia real?

E que essa “nossa” poupança possa nos servir e propiciar o desenvolvimento socioeconômico da nossa economia-real de produção local de bens e serviços próprios?

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As opiniões expressas nos vídeos a seguir, são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores. Todos os vídeos são públicos e estão disponíveis na plataforma do YouTube;

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O Santander de Ipiaú, segundo o BCB, não é agência bancaria propriamente dita, pois está pendurada num outro CNPJ de outra agência e cidade sede. E se trata portanto, especialmente, de acordos negociado para a exploração financeira da Folha de PG da viúva e seu(a) beneficiário(a), “voluntário(a)”;

Para os mais astutos, sugiro assistirem aos vídeos abaixo, (disponíveis no YouTube) como reflexão complementar a leitura.

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