Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Estudo alerta Vitória para necessidade de vender atletas: ‘situação dificílima’

Relatório produzido pelo Banco Itaú BBA aponta cenário delicado para as finanças do clube

Desde o rebaixamento para a Série B, em 2018, o Vitória vem vivendo tempos extremamente difíceis financeiramente. Com a pandemia do novo coronavírus, o que já estava difícil, ficou ainda pior, segundo o relatório publicado pelo Itaú BBA.

De acordo com a análise financeira realizada pela instituição, o Vitória, em 2019, realizou investimentos incompatíveis com as atuais condições do clube e viu as suas dívidas crescerem. A principal fonte de receita do Leão segue sendo as cotas de televisão, que pelo fato de estar disputando a segunda divisão, estão reduzidas. Assim, a venda de atletas é a alternativa do rubro-negro para equilibrar as finanças.

“Se mantendo na Séria B, o ano de 2020 tende a ser bastante difícil para o Vitória. Se não vender atletas, a situação tende a ser dificílima ao final da temporada”, relata o documento.

No ano passado, as receitas do clube chegaram a marca de R$ 46 milhões. Bem abaixo do arrecado em 2018, quando o Vitória recebeu R$ 92 milhões. Do valor recebido em 2019, R$ 20 milhões, foram oriundos da venda de jogadores. Enquanto as receitas do Leão caíram drasticamente, as dívidas seguiram aumentando, principalmente com impostos e acordo.

Com isso, o Itaú BBA alertou para o risco do Vitória permanecer mais um ano na segunda divisão. “Permanecer na Série B coloca em risco a capacidade de pagamentos do clube”, diz o relatório.

A previsão do banco não é nada otimista para os torcedores. De acordo com a instituição, o clube deve receber aproximadamente R$ 4 milhões com a venda de atletas em 2020 e receber R$ 7,5 milhões da televisão.

“O Vitória é daqueles casos de clubes que enquanto se mantém na série A se sustentam à base das receitas de TV, que favorecem vendas de atletas. O problema é quando caem, perdem as receitas, mas permanecem com inúmeros problemas de dívidas, que a nova realidade não comporta. Mesmo com ajustes, menores que a necessidade demanda, o Vitória foi incapaz de alcançar o equilíbrio. É preciso um esforço maior, uma gestão mais eficiente e com os pés-no-chão, e que se ampare nas categorias de base como forma de reverter o cenário difícil. É um ciclo vicioso que precisa ser rompido, mesmo que leve algum tempo até que o clube reencontre o equilíbrio e a capacidade de ser competitivo”, conclui o relatório.

Bahia.Ba

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