Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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“Lixo do HGI segue como uma ameaça para a sua família e seus vizinhos”, avalia morador

O drama do metalúrgico Valdec Souza da Silva, da esposa Eliane, da filhinha Larymar e da cadelinha Emma parece não ter fim.  Em fevereiro deste ano, um insalubre e perigoso lixo do Hospital Geral de Ipiaú – HGI -, invadiu o quintal de sua residência e contaminou a sua cadelinha de estimação.  Neste episódio, Valdec conta que o diretor do hospital, Alexandro Miranda, prometeu custear o tratamento de recuperação da cadela, orçado em R$ 1.500 -, mas repassou apenas R$ 300 e ele vem arcando como o restante.

Cadelinha Emma ficou oito dias quase que desacordada, segundo Valdec

A invasão aconteceu em dia de chuva intensa, o lixo desceu em meio a terra erodida e rompeu parte do muro do quintal da residência de Valdec.  Ele, então, recebeu a visita de um diretor da Sesab – Secretária de Estado da Saúde da Bahia -, que prometeu recuperar o muro e escavar a terra contaminada de seu quintal, promovendo a desinfecção. “Isso já fazem uns quatro meses e, até hoje, nada”, lamenta o pai de família.

Valdec avalia que foi adotada uma solução paliativa e preocupante. “Cavaram uma canaleta no fundo do HGI, passando de fora a fora do muro do meu quintal, jogando num terreno baldio do lado de minha casa”, conta ele, entendendo que isso não resolve o problema, vez que o lixo tóxico do HGI ainda pode contaminar sua famíia e até seus vizinhos.

Fevereiro deste ano: momento em que a chuva carreia o lixo para o quintal da casa de Valdec

COMO ACONTECEU
O morador da Rua João Durval Carneiro, no bairro Valdemar Santana, ele diz que tudo começou em 2 de fevereiro deste ano. “Eles vieram aqui quatro ou três dias depois. Eles vinham aqui catava a terra, retirava as ampolas e jogava em local impróprio. Não adianta você tirar o fardo das minhas costas e jogar o fardo nas costas da comunidade”, indignou-se Valdec, à época.

Segundo ele, foi prometido que viria uma empresa especializada em lixo hospitalar,  para  retirar a terra e desinfectar o local, mas nunca aconteceu.  Mas como Valdec voltou a denunciar em vídeo o problema, funcionários do hospital sem nenhuma proteção específica foram esparramar a terra: “Eles vieram com o sapato particular, sem máscara, sem luva, sem óculos e sem nenhuma proteção, recolher o lixo”, relata.

Lama e ampôlas conduzidas pelas chuvas

Foi então acionada a empresa Transloc, responsável pela coleta de lixo em Ipiaú. Segundo ele, o lixo tóxico do hospital foi extraído com uma retroescavadeira e destinado ao aterro sanitário de Ipiaú. “Pegaram lixo contaminado e levaram para o lixão de Ipiaú. Ou seja, retiram dos meus olhos sabendo que eu ia denunciar de novo”,  queixa-se Valdec.

Rede 2D – Redação

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