"Eu pergunto a vocês, autoridades, a gente que quer desenvolver a cidade, como a gente faz sem o apoio de vocês?", indaga Gisele Nunes, do segmento de indústria de embalagens
Parêntese importante para a fala da empresária Gisele Luna, do segmento de indústria de embalagens.
Ela participou, ontem (26/1), da Audiência Pública Garantia dos direitos da população vulnerabilizada da Usina Hidrelétrica da Pedra, uma iniciativa da Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública da Bahia – DPE/BA.
A empresária mostrou, pelo drama que vive que o seu empreendimento, que o algoz vai além da Chesf e a sua Barragem de Pedra, são graves as omissões das autoridades públicas municipais. "Toda vez que chove, a fábrica é invadida",
denuncia a empresária, que tem sua unidade fabril instalada nas imediações da central de abastecimento.
Ele conta que, com as chuvas que ocorreram durante o Natal de 2021, as águas chegaram aos joelhos, dentro das instalações de sua fábrica e disse mais.
"Tivemos um prejuízo enorme. A água entrou em toda a tubulação da fábrica. Então, as embalagens que de plásticos que seriam fabricadas aqui, tiveram que ser suspensas e tivemos que remover essas máquinas para fora de Ipiaú. Com a situação da Chesf, não entrou água diretamente, mas pelos bueiros esgotos. Apenas em dezembro, foram quatro vezes essa situação",
descreve Gisele Luna.
No seu depoimento, ela também se queixou das dificuldades em gerar emprego na cidade de Ipiaú sem o apoio das autoridades. Ele disse que já reclamou em outras oportunidades e nada foi feito.
Eu pergunto a vocês, autoridades, a gente que quer desenvolver a cidade, como a gente faz sem o apoio de vocês?"
Gisele Luna
O fala – ou denúncia de Gisele – coloca no centro da questão a Prefeitura de Ipiaú, como responsável histórica e atual pelos estragos que as cheias e inundações vem causando a cidade, sobretudo nestes últimos dois anos.
O leitor da 2D deve assistir a audiência pública de ontem e ver atentamente o que disse a empresária Gisele Luna.
2D