Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Com Léo Quadros em 1995, foi a última vez que a Prefeitura de Itagibá teve contas aprovadas sem ressalvas pelo TCM

. Câmara não pauta julgamento de contas dos prefeitos desde 2004. Apenas Gilson, Marquinhos e Léo administraram o município contando de 1989

Faz tempo, desde 1995, a prefeitura de Itagibá não consegue ter as suas contas aprovadas na íntegra, sem ressalvas, pelo TCM – Tribunal de Contas dos Municípios.

Era o professor Aurélio Vaz de Quadros – o Léo Quadros, quando aconteceu. Ele esteve prefeito de Itagibá pela primeira vez de 1993 até 1996. Obteve um tricampeonato, com as contas de 1993, 1994 e 1995 aprovadas na íntegra. As contas de 1996 foram aprovadas com ressalvas.

Léo Quadros voltou a vencer as eleições em 2000, o que lhe fez o gestor do município por mais quatro anos. Não teve o mesmo sucesso nas contas, comparando com a sua primeira passagem. Teve duas aprovadas com ressalvas: 2001 e 2003. E duas rejeitadas: 2002 e 2004.

Gestões
Gilson Fonseca1989 a 1992
Léo Quadros1993 a 1996
Gilson Fonseca1997 a 2000
Léo Quadros2001 a 2004
Gilson Fonseca2005 a 2008
Gilson Fonseca2009 a 2012
Marquinhos Barreto2013 a 2016
Gilson Fonseca2017 a 2020
Marquinhos Barreto2021 a 2024

O médico Gilson Fonseca, que sentou na cadeira de prefeito de Itagibá por 20 anos – ou cinco mandatos – Teve duas contas rejeitadas, uma aprovada na íntegra e 15 aprovadas com ressalvas.

No levantamento das contas de Gilson, a 2D não traz os anos de 1989 e 1990, vez que eles não constam no quadro demonstrativo do TCM.

  • Verde = Aprovada
  • Amarelo = Aprovada com ressalvas
  • Vermelho = Rejeitada
  • Azul = Outra Decisão
  • Branco = Não Julgada.

Vide abaixo o print da página. Mas para uma melhor visualização, pode ser acessada aqui em versão PDF.

Marquinhos Barreto (PCdoB)
Curiosamente, de 1989 até 2012, Itagibá teve apenas dois nomes como prefeitos: Léo Quadros (duas vezes) e Gison Fonseca, quatro vezes – até então.

Rompendo o ciclo, Marcos Valério Barreto – O Marquinhos Barreto (PCdoB) – , vence as eleições de 2012 e faz-se prefeito de 2013 a 2016. Ele teve todas as suas quatro contas do período aprovadas com ressalvas. As contas de 2016 chegaram a ser rejeitadas, mas ele apelou e foram reconsideradas pelo TCM.

Depois do último suspiro de Gilson Fonseca – 2017 a 2022 – Marquinhos retorna em 2021. E teve até agora essa única conta julgada pelo TCM, sendo aprovada com ressalvas.

Vereadores da atual legislatura: 2021 até 2024

Mas não estranhe o leitor e eleitor. Os pareceres dos técnicos dos conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios são frágeis. Pode sucumbir a rejeição política – e sempre suspeita – das câmaras de vereadores – que podem reprová-los e manter em sinal em verde para carreira política do prefeito.

É este um dever constitucional, talvez o principal deles – do Poder Legislativo Municipal fiscalizar a aplicação dos recursos por parte do Poder Executivo. Função da qual renunciou os vereadores de Itagibá desde 2004 – numa imoralidade que mescla soberba, descaso e deboche

Desde 2004, último ano da segunda gestão de Léo Quadros, que a Câmara de Itagibá não pauta julgamentos dos pareceres emitidos pelo TCM, sobre as contas dos prefeitos. Neste caso, sempre Gilson e Marquinhos.

Uma cavernosa cumplicidade que une rivais históricos, mas que tem a competência de fazer o eleitor acreditar que eles se odeiam.

2D


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