. Câmara não pauta julgamento de contas dos prefeitos desde 2004. Apenas Gilson, Marquinhos e Léo administraram o município contando de 1989
Faz tempo, desde 1995, a prefeitura de Itagibá não consegue ter as suas contas aprovadas na íntegra, sem ressalvas, pelo TCM – Tribunal de Contas dos Municípios.
Era o professor Aurélio Vaz de Quadros – o Léo Quadros, quando aconteceu. Ele esteve prefeito de Itagibá pela primeira vez de 1993 até 1996. Obteve um tricampeonato, com as contas de 1993, 1994 e 1995 aprovadas na íntegra. As contas de 1996 foram aprovadas com ressalvas.
Léo Quadros voltou a vencer as eleições em 2000, o que lhe fez o gestor do município por mais quatro anos. Não teve o mesmo sucesso nas contas, comparando com a sua primeira passagem. Teve duas aprovadas com ressalvas: 2001 e 2003. E duas rejeitadas: 2002 e 2004.
Gestões | |
Gilson Fonseca | 1989 a 1992 |
Léo Quadros | 1993 a 1996 |
Gilson Fonseca | 1997 a 2000 |
Léo Quadros | 2001 a 2004 |
Gilson Fonseca | 2005 a 2008 |
Gilson Fonseca | 2009 a 2012 |
Marquinhos Barreto | 2013 a 2016 |
Gilson Fonseca | 2017 a 2020 |
Marquinhos Barreto | 2021 a 2024 |
O médico Gilson Fonseca, que sentou na cadeira de prefeito de Itagibá por 20 anos – ou cinco mandatos – Teve duas contas rejeitadas, uma aprovada na íntegra e 15 aprovadas com ressalvas.
No levantamento das contas de Gilson, a 2D não traz os anos de 1989 e 1990, vez que eles não constam no quadro demonstrativo do TCM.
- Verde = Aprovada
- Amarelo = Aprovada com ressalvas
- Vermelho = Rejeitada
- Azul = Outra Decisão
Branco =
Não Julgada.
Vide abaixo o print da página. Mas para uma melhor visualização, pode ser acessada aqui em versão PDF.
Marquinhos Barreto (PCdoB)
Curiosamente, de 1989 até 2012, Itagibá teve apenas dois nomes como prefeitos: Léo Quadros (duas vezes) e Gison Fonseca, quatro vezes – até então.
Rompendo o ciclo, Marcos Valério Barreto – O Marquinhos Barreto (PCdoB) – , vence as eleições de 2012 e faz-se prefeito de 2013 a 2016. Ele teve todas as suas quatro contas do período aprovadas com ressalvas. As contas de 2016 chegaram a ser rejeitadas, mas ele apelou e foram reconsideradas pelo TCM.
Depois do último suspiro de Gilson Fonseca – 2017 a 2022 – Marquinhos retorna em 2021. E teve até agora essa única conta julgada pelo TCM, sendo aprovada com ressalvas.
Mas não estranhe o leitor e eleitor. Os pareceres dos técnicos dos conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios são frágeis. Pode sucumbir a rejeição política – e sempre suspeita – das câmaras de vereadores – que podem reprová-los e manter em sinal em verde para carreira política do prefeito.
É este um dever constitucional, talvez o principal deles – do Poder Legislativo Municipal fiscalizar a aplicação dos recursos por parte do Poder Executivo. Função da qual renunciou os vereadores de Itagibá desde 2004 – numa imoralidade que mescla soberba, descaso e deboche
Desde 2004, último ano da segunda gestão de Léo Quadros, que a Câmara de Itagibá não pauta julgamentos dos pareceres emitidos pelo TCM, sobre as contas dos prefeitos. Neste caso, sempre Gilson e Marquinhos.
Uma cavernosa cumplicidade que une rivais históricos, mas que tem a competência de fazer o eleitor acreditar que eles se odeiam.
2D