Presidente do partido em Ipiaú e virtual candidato a prefeito, ele sobe o tom, reclama de perseguição e denuncia uso eleitoral de cestas básicas nas eleições de 2022
Grito de independência. O PSD de Ipiaú já não aceita a figuração: "existe um planejamento para ir até o fim",
assegura o seu presidente, o odontologista Matheus Menezes.
Ele fala da sucessão da prefeita Maria das Graças Mendonça (PP), em 2024. Em 2020, o partido indicou o discreto vice-prefeito Cezário Costa – que agora está no PSB.
Agora, finca o pé: O PSD em Ipiaú está independente, a gente cansou de só servir. A candidata da prefeita, o PSD não apoia
, garante, referindo-se a secretária municipal de Saúde, enfermeira Laryssa Dias, inconfessa pré-candidata a prefeita Ipiaú, pelos braços da prefeita Maria das Graças.
Também inconfesso, mas virtual postulante ao cargo de prefeito, ele adota a estratégia padrão dos candidatos nos períodos pré-eleitorais. Informa que o nome está disposição, mas deve esperar 2024 e a decisão conjunta de seu grupo político: Eu vou colocar o meu nome a disposição do grupo político. Vamos fazer pesquisa e verificar o que povo quer,
pondera.
Ele conta que vem dialogando com o partido nas duas escalas: no topo e na base. E o consenso é que o PSD deve buscar a ribalta e subir os degraus do protagonismo em Ipiaú.
Nesta empreitada, assegura ter apoio dos manos Eduardo Alencar (deputado estadual) e Otto Alencar (senador), além do deputado federal Paulo Magalhães, três das principais lideranças do partido na Bahia.
“A Gente
está com o grupo que a gente conversa, não tem decisões unilaterais. Conversa com Eduardo Alencar, Otto Alencar e Paulo Magalhães. Conversando com as lideranças de bairros, com os vereadores, tomamos a decisão de fortalecer o grupo, de se planejar. Um grupo político que não tem diálogo está fadado ao fracasso",
prescreve o odontologista e líder partidário Matheus Santana Menezes, de 37 anos.
Toda essa bagunça que está na política de Ipiaú hoje. Digo em relação a aliados que estão ali há muito anos com Dona Maria, desde o tempo de seu José Mendonça, a exemplo de Cláudio e Orlando, acho que se deve a falta de habilidade de uma pessoa específica, que acha que pode controlar tudo e todos, e fazer do jeito que ela quer e não aceita ser contrariada. Isso causou todo este desconforto como a política de Ipiaú.
Matheus Menezes
Por ai, Matheus sobe o tom e diz que o partido é vitima de perseguição. "O que a gente não aceita são perseguições a pessoas ligadas a gente. Pelas atitudes, a filha da prefeita, que age aqui como se fosse a prefeita, que é Flávia Mendonça. Ela tem uma coisa contra mim e contra o grupo do PSD",
queixa-se, mirando a empresária Flávia Mendonça, presidente do PP (Partido Progressista) de Ipiaú e filha da prefeita Maria das Graças.
Perseguido pela filha, desprezado pela mãe. "Nunca e não foi por falta de procura minha. Nunca fui recebido para nenhum tipo de conversa",
responde Matheus, quando questionado se conversou sobre política com a prefeita.
Eleição da Câmara, cestas básicas e Eduardo Alencar
Pelo que conta Matheus, a relação – que já não era da melhores – azedou de vez com a reeleição do vereador Robson Moreira (PP) para a presidência da Câmara, contrariando a prefeita e a filha, que pretenderam ver a vereadora Andréa Novaes (PP) no comando do Poder Legislativo Municipal.
“A única prefeitura na Bahia que, com 10 vereadores na base, conseguiu perder uma presidência da Câmara. A pessoa quer controlar a liderança, quer o controlar o vereador na base do chicote, e isso acabou”.
Matheus Menezes
Ocorre que as broncas de Matheus com seus “aliados” de outrora vem antes disso. Recua as eleições estaduais do ano passado. Onde ele conta que as cestas básicas que a prefeitura diz distribuir para a população economicamente vulnerável foram utilizadas em favor dos candidatos da prefeita,
Assim, ele oferta uma grave denúncia: "Na campanha eleitoral do deputado Eduardo Alencar, mesmo a gente sendo da mesma base, teve funcionário da Prefeitura que olhava o adesivo de Eduardo assim, com a lista de cadastro da cesta básica na mão. Como é que você está com o adesivo do deputado que não é da prefeita? Você sabia que pode perder a cesta básica?
, relata, sem pestanejar.
Matheus se queixa, ainda, que o deputado federal Paulo Magalhães destinou R$ 1,1 milhão – de emenda Orçamento Geral da União – para a construção de uma UBS – Unidade Básica de Saúde. "Só precisa do terreno. Foi no começo de 2022 e até hoje não foi providenciado o terreno",
informa.
Masnão foi tudo
. Assista a íntegra da entrevista de Matheus Menezes ao programa do Amarelinho – na Ipiaú FM 91,1 – na manhã desta quarta-feira (23/8).
Ele chutou o pau da barraca.
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