Quarta-feira, Novembro 27, 2024
InícioNacionalÍndice de Preços ao Produtor cresce 1,21% em julho

Índice de Preços ao Produtor cresce 1,21% em julho

Em julho de 2022, os preços da indústria subiram 1,21% frente a junho. O acumulado no ano atingiu 11,46% e o acumulado em 12 meses chegou a 18,04%. Em julho, das 24 atividades analisadas, 17 tiveram alta de preços.

Período Taxa 
Julho de 2022 1,21%
Junho de 2022 1,01%
Acumulado no ano 11,46%
Acumulado dos últimos 12 meses 18,04%
Julho de 2021 1,86%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

Em julho de 2022, os preços da indústria subiram 1,21% frente a junho. As quatro maiores variações foram em: fabricação de produtos do fumo (7,01%); metalurgia (-4,03%); refino de petróleo e biocombustíveis (3,45%); e fabricação de outros equipamentos de transporte (3,34%). As maiores influências ocorreram em: alimentos (0,69 ponto percentual), refino de petróleo e biocombustíveis (0,46 p.p.), metalurgia (-0,27 p.p.) e papel e celulose (0,09 p.p.).

acumulado no ano atingiu 11,46%, ante 10,12% em junho/2022. As maiores variações foram em: refino de petróleo e biocombustíveis (35,99%), indústrias extrativas (26,65%), papel e celulose (14,46%) e impressão (13,82%). Já os setores de maior influência foram: refino de petróleo e biocombustíveis: 4,01 p.p., alimentos: 2,63 p.p., indústrias extrativas: 1,30 p.p. e outros produtos químicos: 0,75 p.p.

acumulado em 12 meses foi de 18,04%, ante 18,79% em junho/2022. As quatro maiores variações foram: refino de petróleo e biocombustíveis (59,94%); outros produtos químicos (31,88%); minerais não metálicos (21,68%); e fabricação de máquinas e equipamentos (20,03%). As maiores influências foram em refino de petróleo e biocombustíveis (6,01 p.p.); alimentos (4,61 p.p.); outros produtos químicos (2,81 p.p.); e indústrias extrativas (-1,02 p.p.).

A variação de preços de 1,21% em relação a junho repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 2,14% de variação em bens de capital (BK); 1,08% em bens intermediários (BI); e 1,28% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de -0,01%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de 1,51%.

A principal influência entre as Grandes Categorias Econômicas veio dos bens intermediários, cujo peso no índice geral foi de 59,10% e respondeu por 0,64 p.p. da variação de 1,21% do IPP. Completam a lista, bens de consumo (0,44 p.p.) e bens de capital (0,14 p.p.). No caso de bens de consumo, a influência de bens de consumo duráveis foi nula (0,00 p.p), e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 0,44 p.p.

No acumulado no ano (11,46%), a variação foi de 9,04%, no caso de bens de capital; 12,31% em bens intermediários; e 10,51% em bens de consumo – sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 4,95%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, 11,58%.

Em termos de influência no resultado acumulado até julho, bens de capital foi responsável por 0,62 p.p. dos 11,46% da indústria geral. Bens intermediários respondeu por 7,22 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de 3,62 p.p. no resultado da indústria, influência que se divide em 0,28 p.p. devidos às variações nos preços de bens de consumo duráveis e 3,35 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 18,02% em julho/2022. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram 18,52% no ano e a variação em bens de consumo foi de 17,21%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 10,21% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 18,57%.

Bens intermediários foi responsável por 10,90 p.p. dos 18,04% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de junho de 2022, houve, ainda, influência de 5,92 p.p. de bens de consumo e de 1,21 p.p. de bens de capital.

Bens de consumo recebeu 0,57 p.p. por bens de consumo duráveis e 5,35 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, que tem peso de 84,64% na grande categoria.

Indústrias extrativas – pelo segundo mês consecutivo, a variação de preços, na comparação mês contra mês anterior, foi negativa, -0,22%. Com isso, o acumulado no ano recuou de 26,93%, em junho, para 26,65%, em julho (em julho de 2021, o acumulado no ano era de 65,56%). O acumulado em 12 meses, por sua vez, apresentou uma variação de -13,45%, a mais negativa desde março de 2016, -20,17%.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido, em termos de variação, a segunda entre as 24 atividades da indústria no acumulado no ano (26,65%). Por sua vez, no caso de influência, foi a terceira no acumulado no ano (1,30 p.p., em 11,46%) e a quarta no acumulado dos últimos 12 meses (-1,02 p.p., em 18,04%). Os dois produtos de maior peso no cálculo do setor (“óleos brutos de petróleo” e “min. ferro e seus concentrados, exc. pelotizado/sinterizado”) apresentaram variações negativas no mês.

Alimentos – na passagem de junho para julho, os preços dos alimentos variaram, em média, 2,97%, o sexto aumento consecutivo. Com isso, a variação acumulada no ano foi 11,10%, superior à observada no mesmo mês de 2021 (10,06%). Por fim, na comparação julho 2022/julho 2021, a variação foi de 19,79%, superior ao fechamento do ano de 2021 (18,66%).

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido, entre todos os setores industriais, a principal influência na variação mensal, 0,69 p.p., em 1,21% e a segunda nos outros dois indicadores: 2,63 p.p., em 11,46% (acumulado no ano) e 4,61 p.p., em 18,04% (acumulado nos últimos 12 meses).

Assim como já havia ocorrido em junho, o grande destaque em termos de variação são produtos derivados do leite. Por outro lado, em termos de influência, aparecem outros produtos, cujo peso no cálculo do índice é maior do que o dos derivados de leite. De todo modo, “leite esterilizado / UHT / Longa Vida” é a principal influência (sempre positiva) nos três indicadores: mensal, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses. No acumulado no ano, outro produto lácteo (“queijos frescos (não curados): muçarela exc. queijo minas”) se destaca, sendo a quarta maior influência no resultado. Entre os quatro produtos de maior influência na perspectiva mensal, ao lado do já citado “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “açúcar VHP (very high polarization)”, “resíduos da extração de soja” e “carnes e miudezas de aves congeladas” complementam a lista. Todos com variação positiva, respondem por 2,48 p.p., em 2,97%.

Entre os grupos abertos de alimentos, na perspectiva mensal, dois têm variação superior à média (2,97%): “laticínios” (13,90%) e “fabricação e refino de açúcar” (4,20%). O mesmo acontece no acumulado no ano: “laticínios” (66,51%) e “moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais” (14,25%) apresentaram variação superior à do setor (11,10%). Por fim, quadro semelhante é encontrado no acumulado dos últimos 12 meses, já que “laticínios” (60,32%) e “torrefação e moagem de café” (53,99%) são os únicos cujas variações de preços são superiores à da média do setor (19,79%).

Papel e celulose – a atividade apresentou variação mensal de 3,12% em julho, evoluindo o acumulado no ano de 2022 a 14,46%, o terceiro maior em toda a indústria geral. Em relação aos últimos 12 meses, a atividade apresentou variação de 19,07%.

Os produtos que mais influenciaram o indicador mensal da atividade foram “pasta química madeira, à soda/sulfato, exc. pasta dissolução”, “papel-cartão/cartolina não revest. O revest.subst. inorg.”, “papel kraft para embalagem não revestido” e “papel escrita, impressão, outros fins gráficos não revestido”. Esses produtos, somados, corresponderam a 3,09 p.p. do resultado de julho.

Refino de petróleo e biocombustíveis – como aconteceu em todos os meses de 2022, em julho a variação média de preços dos produtos de refino, na comparação mês contra mês anterior, foi positiva, dessa vez em 3,45%. Com isso, a variação acumulada até julho foi de 35,99% (em julho de 2021, a variação havia sido de 44,27%) e, em 12 meses, de 59,94%, ambas as mais intensas entre todas as atividades pesquisadas.

Em termos da influência, no caso da variação mensal, o setor teve a segunda maior influência entre todos os setores industriais pesquisados: 0,46 p.p., em 1,21% (julho). Já no acumulado no ano (4,01 p.p., em 11,46%) e no acumulado em 12 meses (6,01 p.p., em 18,04%), foi a principal influência.

Outros produtos químicos – a indústria química, no mês de julho, apresentou uma variação negativa de -0,81%, a terceira no ano, revertendo o sinal da variação ocorrida em junho (0,51%). Uma análise por grupo econômico mostra que o resultado do mês ficou distribuído de forma diversa entre eles, com “fabricação de produtos químicos inorgânicos” apresentando uma variação média de -1,43% no mês, “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, 0,89% e “fabricação de resinas e elastômeros”, -3,89%.

Desta forma, o acumulado no ano alcançou 7,36%, sendo que os grupos “fabricação de produtos químicos inorgânicos” e “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários” alcançaram respectivamente 7,68% e 36,52%. Em sentido inverso, “fabricação de resinas e elastômeros” acumulou queda de 9,70% no ano.

Já em relação ao resultado dos últimos 12 meses, o destaque ficou por conta do grupo de químicos inorgânicos, influenciado especificamente pelo aumento de preços acumulado de adubos/fertilizantes. A variação de preços, neste grupo, foi de 55,66%, seguida de 47,71% em “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, ambos contribuindo significativamente para a variação em 12 meses de 31,88%. Já “fabricação de resinas e elastômeros” acumulou queda de 2,68% em 12 meses.

No tocante aos quatro produtos que mais influenciaram o resultado mensal (-0,66 p.p., em -0,81%), houve uma redução de preços em “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”, “propeno (propileno) não saturado” e “polipropileno (PP)”. Em situação oposta está “fungicidas para uso na agricultura”. Os demais 35 produtos pesquisados na atividade tiveram, em média, um resultado negativo de -0,15 p.p. da variação final da atividade.

Entre os produtos que mais influenciaram os resultados no acumulado no ano e em 12 meses, destacam-se “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “herbicidas para uso na agricultura” e “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”, todos com resultados positivos. No acumulado no ano, ainda é destaque “policloreto de vinila (PVC)”, com variação negativa; e, no acumulado em 12 meses, “superfosfatos”, com resultado positivo.

O setor se destacou, na comparação com as 24 atividades da pesquisa, por ter a segunda maior variação de preços no acumulado em 12 meses, além de apresentar a quarta maior influência no acumulado no ano e a terceira no acumulado em 12 meses.

Metalurgia – na comparação julho contra junho, a variação de preços da atividade foi de -4,03%, quarta variação negativa de preços no ano e a mais intensa. Desta forma, o setor acumulou uma variação de -1,32% no ano e de 2,09% em 12 meses. Entre dezembro de 2018 (base da amostra atual) e julho de 2022, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 84,83%, valor superior ao do Indicador geral do IPP para o mesmo período (79,79%).

O grupo econômico siderúrgico, que faz parte da atividade de metalurgia, teve variação negativa pela quinta vez no ano e a oitava nos últimos 12 meses (-5,26%). Com isso, em julho, o acumulado chegou a 2,33% no ano e a -1,61%, nos últimos 12 meses.

Em relação aos quatro produtos que mais influenciaram a variação no mês, os mesmos responderam por -2,64 p.p., de -4,03%, cabendo, então, -1,39 p.p. aos demais 20 produtos analisados.

Os quatro produtos que mais influenciaram os resultados no mês foram: “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”, “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2 mm”, “ferro-gusa” e “lingotes, blocos, tarugos ou placa de aços ao carbono”, todos com variações negativas de preços no mês.

Em relação às influências no acumulado no ano destacam-se os produtos: “óxido de alumínio (alumina calcinada)”, “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras” e “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, com variações negativas de preços, e “bobinas ou chapas de aços galvanizadas, zincadas ou cromadas”, com variação positiva. Já em relação às influências em 12 meses, dois produtos apresentam resultados positivos: “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2 mm” e “óxido de alumínio (alumina calcinada)”. Os outros dois produtos, agora com influência negativa, são “lingotes, blocos, tarugos ou placa de aços ao carbono” e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”.

O setor metalúrgico se destacou, na comparação com as 24 atividades da pesquisa, por ter tanto a segunda maior variação de preços, em módulo, no mês, quanto a terceira maior influência nos preços de julho.

Ascom - IBGE

ARTIGOS RELACIONADOS
Loading Facebook Comments ...
- Publicidade -
Banner azul quadrado

Últimas Notícias