O dado foi coletado pela Confederação em pesquisa realizada com 3.385 cidades do país, que representam 60,8% do total
Um a cada três Municípios enfrenta a falta de médicos para atendimento à população. O dado foi coletado pela Confederação em pesquisa realizada com 3.385 cidades do país, que representam 60,8% do total. As regiões Norte e Nordeste são as mais prejudicadas no
cenário nacional.
Dos Municípios que estão com falta de profissionais (979), 55% afirmaram que correm o risco de terem equipes de atenção primária desabilitadas. Isso em razão da ausência de médicos na equipe há mais de 90 dias. Entre os motivos para o cenário, 37,6% relataram contratações frustradas de origem municipal; 29,3% não tiveram profissionais do Programa
Mais Médicos repostos; e 29,2% disseram que não foram preenchidas vagas disponíveis no Programa Médicos pelo Brasil.
“Isso impacta diretamente ao menos 112 milhões de brasileiros. Há esforços dos gestores públicos, mas ainda precisamos enfrentar a distribuição desigual de médicos pelo país”, avalia o presidente Paulo Ziulkoski.
A pesquisa da CNM questionou acerca das principais dificuldades para contratar médicos para a Atenção Primária à Saúde, na visão da gestão municipal. Em primeiro lugar está a exigência do cumprimento da carga horária semanal de 40h (47,5%), seguida pelo salário oferecido (39,1%) e falta de recursos financeiros para a contratação (33,9%).
Em busca de soluções, a principal medida adotada pela maioria dos entrevistados foi a realização de processos seletivos, alternativa apontada por 29,6% dos Municípios (290).
Na sequência, consta a publicação de edital de chamamento público para contratação de profissional médico (credenciamento), opção de 15,9% dos entrevistados (156); e, em terceiro, edital de chamamento público para contratação de empresa prestadora de serviços (credenciamento), com 14,5% (142).
A região Norte do Brasil é a mais afetada pela falta de profissionais (39,1%), seguida pelo Nordeste (30,8%), Sul (29,9%), Sudeste (27,7%); e Centro-Oeste (19,4%). Quanto ao tempo em que as gestões municipais enfrentam a escassez de médicos, a maioria respondeu que o problema já existe há mais de 90 dias (55,3%). Em 13,9%, o cenário se arrasta por ao menos 60 dias e, em 19,7% dos Municípios, o tempo é de 30 dias sem
profissional.
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Com Agência CNM de Notícias