Os dados são de levantamento do portal G1 e recuam as eleições de 2004.
O MDB teve seu pior resultado, considerando as últimas cinco eleições municipais: 2004 até 2020.
Despencou de 1.035 para 784 prefeituras administradas. Ainda assim, segue na dianteira do ranking, foi o partido que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais de 2020.
Mas, pela primeira vez em sua história, saiu da casa dos mil. Em 2004, administrava 1.059 dos 5.570 municípios da federação brasileira. Subiu para 1.194, com as eleições de 2008. Caiu para 1.015 em 2012. Obteve uma tímida recuperação em 2016, com 1.035. Agora em 2020, despencou para o 784 cidades que serão administradas.
Quantidade de prefeituras administradas pelo MDB: 2004 até 2020
2004 | 1.059 |
2008 | 1.194 |
2012 | 1.015 |
2016 | 1.035 |
2020 | 784 |
De 26 para 3 Governadores
O partido do Dr. Ulisses Guimarães (1916 a 1992), nasceu como MDB, em 1996. Em 1979, acrescentou um “P” e fez-se PMDB. Recentemente, voltou a sacar o “P” e segue MDB.
Como MDB, Movimento Democrático Brasileiro, foi institucionalmente o partido oficial da oposição ao regime militar no Brasil (1964-1985), dado o bipartidarismo, que, além dele, só permitiu a existência da Arena – Aliança Renovadora Nacional, partido de sustentação aos governos dos generais.
Como PMDB, saltou da oposição histórica para a situação, a partir de 1985, quando José Sarney herdou de Tancredo Neves (1910-1985) o mandato presidencial, conquistado pela via indireta do Colégio Eleitoral.
Deixou a presidência em 1990, para jamais deixar o poder e a condição de partido da situação. A exceção do governo do Fernando Collor, 1990 a 1992, participou de todos os governos, a partir de então: Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma até volta a presidência, com Michel Temer, em 2 de dezembro de 2015.
A convivência sempre harmoniosa com o poder o fez detentor das maiores bancadas federais (Senado e Câmara dos Deputados), do maior número de governadores e de prefeitos.
Chegou até governar 26 dos 27 estados da federação, na esteira no Plano Cruzado de José Sarney, que fez o partido se aproximar da unanimidade nas eleições estaduais de 1986.
Mas em 2018, foram apenas três governadores eleitos. Parece o fim de um longo reinado.
Rede2D – Redação