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Major Olímpio é o terceiro senador a perder a vida para o Covid-19 e o mais jovem entre eles

Arolde Oliveira (PSD-RJ), o primeiro a morrer, tinha 83 anos. José Maranhão (MDB-PB) morreu com 87 anos. Aos 58 anos, Olímpio era um dos 46 novos nomes que chegaram ao senado em 2019, na mais avassaladora renovação de sua história

O grupo Muda Senado sofreu uma importante baixa: Sérgio Olímpio Gomes, o Major Olímpio, faleceu ontem (18) aos 58 anos idade. Amanhã, ele faria 59, ele é de 20 de março de 1962.

É a terceira baixa de uma casa que experimentou uma avassaladora renovação em 2018, a maior de sua história. Olímpio estava entre os 46 novos senadores, que começaram o mandato em 2019. São 46 de 54, 85% de renovação.

O Senado perde um dos ícones, senão o próprio ícone, de um grupo de 21 novos e velhos senadores, que se propunham a mudar a Senado a e o próprio país.

Ele brotou das discussões sobre a prisão em segunda instância, que tomaram conta do Congresso desde o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a soltura do ex-presidente Lula, fez um grupo de 21 parlamentares dividir o Senado.

Foi formado prometendo renovar o modo de fazer política e defender a pauta de combate à corrupção. Veja o que disse dois de seus membros ao site Congresso em Foco, por ocasião da formação do grupo:

“Eu me sentia completamente isolado, dava vontade de largar tudo e ir embora porque eu era impotente. Eu era vice-líder e participava de reuniões de lideranças, mas nada do que eu propunha era feito porque quem comandava o Senado eram os velhos fichas-sujas. Mas o Muda Senado veio justamente para mudar isso que se convencionou a chamar de velha política, a política da barganha, do trambique e do toma lá dá cá. É um grupo formado por senadores que abandonaram suas posições, às vezes até mais confortáveis, pelo desejo de interferir na política brasileira que estava muito desmoralizada, desacreditada”, conta Lasier Martins. “Alvaro costuma dizer que agora ganhou companhia”, brinca Alessandro Vieira.

O documento que lançou o grupo elencou três projetos que os senadores querem destravar para atender os anseios da sociedade, que, segundo eles, segue pedindo renovação política no Brasil. São eles: CPI da Lava Toga, processos de investigação e fiscalização como os pedidos de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e reforma do Poder Judiciário.

Olímpio estava entre eles, na sua terceira experiência parlamentar.

Formou-se bacharel em ciências jurídicas e sociais e teve uma carreira de 29 anos na Polícia Militar de antes de entrar para a política, em 2006.

Tinha como principais pautas de sua atuação no Legislativo assuntos de violência, armamento e segurança pública.

O senador foi um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro (sem partido) em São Paulo e um aguerrido defensor do presidente.

Mas os dois romperam após o governo federal se aproximar do Centrão e trabalhar contra uma CPI para investigar o comportamento de ministros dos tribunais superiores brasileiros, defendida por Olímpio.

Em seu gabinete, além dele, outros quatro assessores contraíram a doença ao mesmo tempo. Seu assessor de imprensa também está em estado grave.

Em seu lugar, assume o empresário Alexandre Luiz Giordano, de 48 anos.

Nascido em Presidente Venceslau, no interior paulista, o senador completaria 59 anos em 20 de março. Ele era casado e pai de dois filhos.

Hoje, há dois senadores afastados por causa da covid-19: Lasier Martins (Podemos-RS), de 78 anos, e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), de 45 anos.

Além de Major Olímpio, outros dois senadores já morreram por causa da covid-19.

Rede2D – Redação
Com Agência Senado
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