Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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“Vão ter que me engolir”, diz Geddel

Discurso aconteceu após uma fala do pré-candidato a vice-governador, Geraldo Júnior

O final do encontro de pré-candidatos promovido pelo MDB, nesta sexta-feira, 1º, num hotel em Salvador, terminou em tom de desabafo. Geddel Vieira Lima, uma das lideranças mais importantes do partido, condenado por corrupção, disse que tem enfrentado seu “calvário” com muita coragem. “Carreguei a cruz que botaram nos meus ombros sem incriminar ninguém. E ninguém vai me constranger a exercer a minha militância e vocação“.

O discurso de Geddel foi motivado por uma fala anterior, feita pelo pré-candidato a vice-governador, Geraldo Júnior. Após cumprimentar Geddel, ele disse que sofreria ataques por “forças ocultas”, mas que não iria ficar constrangido por isso. 

Geddel, por sua vez, disse que não responderia “forças ocultas” e não reconhece no “ex-prefeito de Salvador e no seu menino prefeito” autoridade para criticar a sua presença em eventos.

Sem citar diretamente os nomes do pré-candidato do União Brasil ao governo da Bahia, ACM Neto, e do prefeito de Salvador, Bruno Reis, Geddel revelou ainda que os dois teriam ido por diversas vezes pedir apoio do MDB, sem especificar quando esses encontros teriam acontecido. “Tinham transformado minha casa numa basílica, porque iriam lá pedir apoio político. Os dois. Foram lá com todas as propostas”, disse.

Visivelmente emocionado, Geddel disse que não há ninguém na Bahia ou no Brasil com autoridade política e moral para julgá-lo. “Explorem o que quiserem. Mas não vão caçar a minha cidadania, a minha coragem. Eu vou lembrar do velho Zagallo: eles vão ter que me engolir”. 

Após o evento do MDB, procurado pela reportagem do Portal A TARDE, Geddel não quis esclarecer as circunstâncias das declarações. 

Geddel já foi deputado federal por vários mandatos e integrou os governos Lula, Dilma e Temer. Ele foi preso em 2017 dentro da operação Greenfield, solto, e preso novamente no mesmo ano após a apreensão de mais de R$ 51 milhões em um apartamento. Em 2019, Geddel foi condenado a 14 anos de prisão e desde fevereiro deste ano está em liberdade condicional.

A Tarde Online

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