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Hoje, Luiz Caldas diz que não escreveria a “Nega do Cabelo Duro”

Porém, o fato é que a música faz parte da história do Axé, como uma precursora deste gênero

Se você viveu nos anos 1990 (ou gosta das músicas daquela época), vem conhecer a história do Axé. Hoje, temos 7 curiosidades desse ritmo cheio de energia positiva, que embala tanto o Carnaval da Bahia, quanto as Micaretas no Brasil e no mundo. 

Desde o começo, os axezeiros acreditaram que sua música teria o poder de conquistar o público internacional. Mas os críticos não confiaram tanto assim no sucesso do ritmo; e depois “queimaram” as línguas. Afinal, a história do Axé revolucionou o mercado musical. 

Justamente por isso, vamos começar com um documentário que desvenda a origem deste gênero contagiante. Para tal, assista ao trailer do filme “Axé – Canto do Povo de Um Lugar”, que contou com a participação de grandes nomes da música brasileira. 

Sete curiosidades sobre a história do Axé Music

Do Samba aos Blocos Afro, do Frevo ao Reggae. Agora, vamos falar da energia positiva que envolve a história do Axé brasileiro. E, se quiser entrar no clima, fique à vontade para ouvir nossa playlist enquanto lê o post!

1. O que significa Axé?

Por acaso, você sabe o que é Axé no contexto musical? Em 1987, o crítico Hagamenon Brito usou o termo “Axé Music” de modo bem pejorativo. Na época, o jornalista fez pouco caso daquela “música dançante com aspirações internacionais”. Mas ele não esperava pelo fenômeno que estava por vir, já que o ritmo caiu nas graças do povo e da mídia. 

Contando com a inspiração de vários ritmos afro-brasileiros, o Axé baiano criou seu próprio estilo. E ganhou o mundo com grandes sucessos, além de abrir espaço para novos gêneros que estavam por vir, como o Arrocha.

2. Onde nasceu o Axé? E como surgiu?

Para saber onde surgiu o Axé, vamos fazer um passeio pelas ladeiras de Salvador, na Bahia. Nos anos 1980, essa música dançante já começou a fervilhar na folia do Carnaval baiano, com influência dos ritmos: Frevo, Reggae, Maracatu, Forró, Samba-reggae e afins.

Mas foi em 1985 que o hit Fricote, de Luiz Caldas, contagiou o país todo. Hoje em dia, ele diz que não escreveria de novo o trecho “nega do cabelo duro” dessa canção. Porém, o fato é que a música faz parte da história do Axé, como uma precursora deste gênero. 

3. Quem é considerado o fundador do Axé?

Enfim, quem colocou o bloco na rua? Por um lado, o “marco zero” do gênero foi a música “Fricote”, de Luiz Caldas. Mas foram outros nomes que literalmente abriram espaço para isso acontecer.

Logo, quando alguém te perguntar “quem criou o Axé”, você pode adicionar mais alguns nomes na resposta:

4. Quais os instrumentos do Axé?

  • Guitarra elétrica
  • Baixo elétrico
  • Percussão (conga, atabaque etc.)
  • Teclado
  • E daí em diante

5. Quais são as características do Axé?

A música dançante, o swing e a cultura de matriz africana são marcas registradas do Axé. Mas não é difícil confundir alguns pontos com Samba-reggae, Pagode, Arrocha e afins. Isso porque o Axé é um estilo formado de muitos outros ritmos.

Falando nisso, vale lembrar que o Axé tem influência de:

  • Frevo
  • Merengue
  • Forró
  • Samba-reggae
  • Maracatu
  • Lambada
  • Ijexá
  • Blocos de Carnaval Afro
  • E assim por diante

Com essa mistura toda, que é a cara do Brasil, o gênero evoluiu e ganhou o mundo com músicas como “Obvious Child”. Em 1991, o Olodum tocou junto com Paul Simon para 750 mil pessoas em Nova Iorque. 

Depois do evento, foi a vez do rei do Pop se encantar pelo swing da música baiana, direto do Pelourinho. Dessa vez, foi Michael Jackson que veio ao Brasil para gravar “They don’t care about us” com o Olodum. 

E o sucesso do Axé não para por aí. Por exemplo, sabia que temos a nossa versão de “We are the world”? Em 1988, o publicitário Nizan Guanaes promoveu uma música nacional para contribuir com as obras sociais da Irmã Dulce. Como era de se esperar, muitos artistas participaram do clipe de “A Bahia canta sua santa”.

6. Qual é a conexão entre Axé e religião?

Nas religiões de matriz africana, como o Candomblé, a palavra “Axé” significa energia, poder e força. No caso, o termo vem do iorubá “àṣẹ” e costuma ser usado como uma benção. Para traçar um paralelo, é como se fosse o “amém” dos católicos, mas considerando as características de cada crença, claro.

Só para lembrar, “Axé Music” foi um nome dado por um crítico, de forma pejorativa. Mas os baianos entraram no clima porque o termo representava a energia positiva do gênero. Por falar nisso, confira um vídeo em que os músicos do É o Tchan contam a origem do Axé.

7. E quais são os maiores nomes do Axé de todos os tempos?

Agora, chegou a hora de “pegar no compasso”. Afinal, vamos aos cantores, músicos, dançarinos, compositores, produtores e bandas que marcaram a história do Axé Music.

Quando o Axé completou seus 30 anos, a revista Claudia listou os grandes nomes desse ritmo brasileiríssimo. E esses são os axezeiros que participaram da festa:

Mas também não podemos nos esquecer de muitos outros artistas que fizeram história, não é mesmo? Então, vamos começar essa longa lista. E, depois, fique à vontade para postar nos comentários, caso você conheça mais algum ícone do Axé, ok?

Texto extraído
do Portal
Artcetera

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