"Foi uma desorganização da Chesf, porque havia uma previsão desde o dia 18 de grandes volumes de chuvas nos dais 24 e 25. Porque a Chefs não vinha soltando água?", indaga o prefeito
O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), criticou em entrevista, nesta segunda-feira (26), a gestão da Chesf [Companhia Hidrelétrica do São Francisco] na Barragem de Pedra, que teve o volume aumentado com as chuvas recentes.
Para o prefeito, a Chesf não se preparou para evitar a enchente e o que há é uma desorganização por parte da entidade.
O prefeito informou que esteve com dirigentes da companhia ainda na manhã desta segunda, mas não há uma solução para o caso encaminhada.
Conforme o gestor, nesta segunda já são cerca de 150 pessoas desabrigadas, com duas mil residências danificadas.
“A cheia do Rio de Contas, na minha concepção, foi uma desorganização da Chesf, porque havia uma previsão desde o dia 18 de grandes volumes de chuvas nos dais 24 e 25. Porque a Chefs não vinha soltando água?”, questionou Cocá.
“Nós temos 40 dias pedindo a Chesf um plano de inundação. A Chesf nunca nos deu. A Chesf só tem plano de rompimento de barragem”, lamenta Cocá.
Ele disse ainda que Prefeitura de Jequié não tem nenhuma informação para saber qual seria o nível que a água chegasse caso acontecesse essa vazão acima desse de acima de 2 mil metros por segundo.
Novo boletim
Em boletim hidrológico emitido no início da tarde dessa segunda-feira (26), a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) informa que o nível do volume útil do reservatório da Barragem da Pedra caiu de 93,31% para 90,65%.
Ainda de acordo com o boletim, a afluência (entrada de água) está em 1.590 M³/s. Com isso, a Chesf começou a reduzir ao meio-dia a defluência (saída da água) de 2.400 m³/s para 1.800 m³/s, até nova reavaliação.
Por Jequié Repórter