Domingo, Maio 19, 2024
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“Comportamento e Política: a “Lei” do Esforço Inverso”, escreve Elson Andrade

O urbanista e arquiteto ipiauense repercute o artigo da BBC Brasil, do por que às vezes fracassamos quando nos esforçamos demais, ao insistirmos num assunto que não tem sustentação ambiental-cultural, (na percepção do outro) e você acaba dando murro em ponta de faca, soco na fumaça... Ou se deparando com aquilo que já não mais se enxerga de tanto ver
Elson Andrade é arquiteto, urbanista, empresário e pós graduado do Instituto de Economia da Unicamp

A “Lei” do Esforço Inverso

Trata-se do resultado desproporcional ao esforço dispendido e, em sentido contrário ao objetivo principal, original desejado unilateralmente.

“Quando a razão de um, mede força com a imaginação, que estejam em “conflito”,  e portanto, são antagônicas, é sempre a imaginação e a crença corrente, são as que sempre vencem; sem exceção.”

Foi assim que o psicólogo francês Émile Coué explicou o que o intelectual e escritor Aldous Huxley chamou de Lei do Esforço Inverso.

Se a bela frase de Coué te confundiu, pense na areia movediça. É uma superfície que parece sólida, mas quando você pisa nela, se separa em água e areia e faz o corpo afundar — sair dela exige uma força enorme. Inútil. Com efeito contrário.

Muitos de nós só vimos isso em filmes ou quadrinhos, quando personagens são engolidos enquanto tentam desesperadamente evitar a morte por afundamento e sufocamento na areia.

Em outras palavras, não adianta tentar colocar fogo na lenha, estando ela permeada (constituída) de umidade. É pois quando a sobrecarga (esforço adicional, unilateral, desproporcional) não tem chance natural, de lograr êxito, ou até mesmo, um aparente fio de “sucesso”.

Sobrecarga x Produtividade x Personagens Diante dos Fatos

Um estudo recente da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, revelou que profissionais que fingem trabalhar muito são tão bem avaliados quanto os que realmente trabalham 80 horas por semana ou mais. O estudo, conduzido pela professora Erin Reid, contou com entrevistas a mais de 100 profissionais e teve acesso às suas respectivas avaliações de desempenho, identificando três principais grupos:

O primeiro grupo foi o dos workaholics: as pessoas que trabalham longas horas e dedicam, de fato, a maior parte do tempo ao trabalho e à carreira. Estes, em geral, recebem boas avaliações e são promovidos. O segundo grupo era o dos resistentes: aqueles que falam abertamente sobre seu desejo de realizar jornadas de trabalho mais flexíveis e evitar sacrifícios, como longos deslocamentos para chegar ao local de trabalho ou perder o horário daquela apresentação de teatro na escola dos filhos.

De acordo com o levantamento, as pessoas nesse grupo costumam receber avaliações piores, mesmo quando não há evidências de que seu trabalho seja inferior ao do primeiro grupo. O terceiro grupo foi o que chamou mais atenção no estudo: o grupo dos fingidores – profissionais que, silenciosamente, conseguem fazer uma jornada de trabalho mais leve e flexível, chegam mais cedo daquela reunião no cliente externo, mas enviam e-mails depois do horário para passar a impressão de que trabalharam até mais tarde para os colegas e para o chefe. De acordo com o estudo, os fingidores são tão bem avaliados quanto os workaholics.

Não por acaso, esses dados lembram o que aconteceu no século 19 quando, como resultado da luta de organizações trabalhistas e sindicais, as fábricas foram obrigadas a reduzir suas jornadas de trabalho para 10 horas por dia (e, em seguida, para 8 horas por dia). Ao contrário do que os patrões esperavam, a redução da jornada de trabalho melhorou a produtividade, diminuiu o número de acidentes e reduziu custos gerados por falhas humanas, desnecessárias. Inútil. Com efeito contrário.

As Narrativas Política x Jeitinho Brasileiro

Na cidade de Ipiaú, vem acontecendo um fato curioso. Em que pese comparação, desde dezembro de 2017 (fim do 1º ano do atual governo municipal) a quantidade de servidores públicos municipais, comissionados, eram de apenas 124 indivíduos. Ao passo que em março de 2024 (ano eleitoral e último ano do mesmo governo municipal), a quantidade de servidores públicos municipais – o “mesmo” grupo de comissionados – já era composto de 221 indivíduos; acréscimo em quantidade de apenas 78,2%.

Reprodução TV Giro Ipiaú-BA

No entanto, os gastos totais (mensal – já com encargos e direitos “trabalhistas”) com a Folha de Pagamento mensal, desde grupo, saltou de R$ 374.267,91, em 2017, para R$ 1.429.842,38 em 2024. Aumento de 382%. Beeem desproporcional, em igual período em que a cidade tinha mais de 50 mil habitantes, e agora, apena 40.

Ao tentar explicar este fato, de forma insistente e “esclarecedora”, fazendo um esforço sobrenatural para demonstrar a uma cidadã ipiauense, eleitora assídua do grupo político em questão… Inicialmente não entendi a cara de rejeito e dificuldade intelectual da aparente senhora-eleitora-servil, dotada de aparente retidão…

Foi quando ela resolveu encerrar a “discussão” (observação dum fato esdrúxulo), admitindo que não tinha como concordar com a tese de avaliação moral-administrativa, dado que sua filha agora era uma funcionária pública municipal, com merecido salário de cerca de R$ 6 mil por mês, na prefeitura, o qual teria sido difícil conseguir, dado a quantidade de vezes que cercou, na porta de casa, um vereador da base (aliada, ou alienada como queiram) vizinho, pedindo pelo Amor de Deus, que a indicasse ao cargo.

Diante dos fatos e da tese, chego à conclusão, que pau que nasce torto, nunca se endireita mãe – Como diria o grupo de sucesso baiano – É o Tchan. Qualquer esforço em contrário, é mera perda de tempo e aborrecimento em vão. Afinal, tudo está resguardado na lei. Na “nossa” lei. Ou não?

Fonte: TCM-BA

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