Há alguns meses, a prefeita Maria das Graças vivia no que se podia chamar de mar da tranquilidade, no que se refere ao legislativo municipal, já que a gestora tinha do seu lado 10 dos 13 vereadores da casa
De uma hora para outra, e por questões que segundo alguns observadores, passam pela falta de uma maior habilidade política no trato com o processo de sucessão na Câmara; excesso de interferência de sua filha na maioria das decisões da gestão, e um considerável distanciamento entre a gestão e os anseios políticos de muitos dos edis que a acompanhavam, notadamente Cláudio Nascimento, Orlando Santos e Robson Moreira, a situação da prefeita de Ipiaú sofreu um revés que vem lhe tirando o sono e que promete desdobramentos ainda mais incômodos, principalmente pelo fato de a prefeita não esconder a sua evidente preferência pelo nome da secretária Laryssa Dias, como candidata à sucessão.
O desconforto por que passa a prefeita de Ipiaú é justificável, uma vez que a diferença do placar de 10×3 para 7×6 em se tratando de maioria na Câmara hoje, poderá levar a atual gestão a enfrentar momentos difíceis, como por exemplo, o de derrubar os projetos que visam o fim da cobrança da TIP – Taxa de Iluminação Pública, bem como o da redução de 80 por cento para 40 por cento da taxa de esgotamento sanitário, projetos bastante populares, mas que deram a vitória à prefeita por causa justamente da maioria na Câmara.
Gil Pereira é professor, radialista e jornalista.
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