Sob críticas pelo desmatamento na região, ministro do Meio Ambiente afirma que solução é proporcionar desenvolvimento para comunidades
As queimadas ilegais na Amazônia são resultado de um descaso de governos anteriores e a única forma de combatê-las é proporcionar um desenvolvimento econômico sustentável para as comunidades locais, diz o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
“Não dá para dissociar que existem mais de 20 mil de brasileiros vivendo lá. Nós fizemos um fundo para incentivar pequenos e médios empreendedores da região e desenhamos vários programas”, afirmou Salles, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Segundo Salles, o primeiro programa a ser colocado em prática é o Floresta Mais, que foi assinado há duas semanas. O programa, diz o ministro, prevê a disponibilização de R$ 500 milhões para pagar os pequenos produtores por serviços ambientais, para a manutenção de reserva legal, prevenção de fogo e medidas contra as queimadas.
Ele diz não se importar com as críticas feitas à sua gestão no ministério e chama de ideológica a ação civil pública movida, na última segunda-feira (6), por 12 procuradores da República, que o acusam de “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente” e exigem que ele deixe a pasta no governo.
Salles também rechaça as acusações de que o governo desmontou a área ambiental.
“Quando o governo [de Jair Bolsonaro] começou, o Ibama já estava sem a metade dos funcionários. O orçamento, que é feito um ano antes, já estava reduzido. As administrações anteriores deixaram prescrever R$ 1 bilhão de multas, 60 mil autos de infração”.
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