Sexta-feira, Outubro 25, 2024
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Ministério acusa Butantan por atraso na vacinação e órgão rebate; “deixa de informar o desgaste diplomático”

O Ministério da Saúde emitiu uma nota na noite da quinta-feira (18/2) atribuindo a dificuldade em manter o cronograma inicial de vacinação contra a Covid-19 ao atraso na entrega de doses pelo Instituto Butantan. Segundo o texto, apenas 2,7 milhões de doses serão entregues em fevereiro, o que atrasará o cronograma na maioria dos estados pelo Plano Nacional de de Imunização (PNI).

Governo estava contando com novas 9 milhões e 300 mil doses da Coronavac até o fim do mês, mas o órgão alega que serão fornecidos apenas 30% desse total. Com isso, o Ministério da Saúde “precisará rever a distribuição das doses de vacinas contra a Covid-19 relativas ao mês de fevereiro, divulgada aos secretários de saúde dos estados e Distrito Federal”.

“O cronograma elaborado e que foi enviado hoje aos gestores previa a inclusão de novos grupos prioritários na campanha de vacinação contra a Covid-19, como povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, quilombolas, pessoas de 80 a 89 anos e pessoas de 60 a 79 anos”, informou o ministério. Este será o primeiro revés no anúncio feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que 230 milhões de doses serão entregues até 31 de julho.

Em nota resposta à declaração do governo, o Butantan disse que montou uma força-tarefa para acelerar a entrega das doses, mas que o Governo Federal tem culpa pelo atraso. O instituto ressaltou ainda que já entregou 9,8 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus ao Ministério da Saúde, o que corresponde a 90% de todas as vacinas usadas na rede pública do país.

“O ministério omite e ignora fatos em seu comunicado oficial. Deixa de informar que, como é de conhecimento público, o desgaste diplomático causado pelo governo brasileiro em relação à China provocou atrasos no envio da matéria-prima necessária para a produção da vacina”, informou o instituto.

O Instituto rebateu ainda que a “autorização para envio da matéria-prima só ocorreu após intervenções feitas pelo Governo de São Paulo”. “É inacreditável que o Ministério da Saúde queira atribuir ao Butantan a responsabilidade pela sua completa falta de planejamento, que acarretou a falta de vacinas para a população em diversos municípios do país”, concluiu o Instituto Butantan.

Aratu Online

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