Autor da proposta de instalação da CPI Lava Toga, que busca “investigar condutas ímprobas, desvios operacionais e violações éticas por parte de membros do Supremo Tribunal Federal e de tribunais superiores do país”, como o diz o texto da proposição, o senador da Alessandro Vieira (Cidadania-SE), ontem (9), foi as redes sociais duramente criticar o Ministro Gilmar Mendes, do STF.
“Gilmar Mendes segue batendo recordes de cinismo, inconstância jurídica e subordinação ao sistema corrupto que parasita o Brasil”, classificou o senador.
Alessandro queixa-se do aproveitamento de mensagens de celulares, obtidas no âmbito da Operação Spoofing, deflagrada em julho de 2019 pela Policia Federal, que prendeu hackers suspeitos de invadir celulares de autoridades, entre as quais o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
“Como justificar o entendimento de que dados obtidos por meio de crime possam servir de prova?”, questionou o senador
Gilmar Mendes segue batendo recordes de cinismo, inconstância jurídica e subordinação ao sistema corrupto que parasita o Brasil. Como justificar o entendimento de que dados obtidos por meio de crime possam servir de prova? Pior, dados cuja veracidade não pode ser confirmada.
— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) February 10, 2021
Rede2D – Redação
Em tempo
Por 4 votos a 1, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitou nesta terça-feira (9) recurso de procuradores que integraram a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná contra a permissão de acesso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mensagens apreendidas na Operação Spoofing.
O voto do relator, Ricardo Lewandowski, contrário ao recurso, foi seguido pelos ministros Nunes Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Edson Fachin divergiu.
A Operação Spoofing, deflagrada em julho de 2019 pela Policia Federal, prendeu hackers suspeitos de invadir celulares de autoridades, entre as quais o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Em dezembro do ano passado, Lewandowski concedeu uma decisão individual que permitiu à defesa de Lula ter acesso às mensagens trocadas entre procuradores e o ex-juiz por celular.
Os advogados querem usar o material para tentar anular os processos aos quais responde o ex-presidente na Justiça, como as condenações do caso do triplex do Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP), sob argumento de que houve perseguição da Lava Jato.
Com informações do Portal G1