Sábado, Outubro 19, 2024
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Em anúncio, Volkswagen admite apoio à ditadura militar brasileira

A fabricante alemã de veículos  Volkswagen publicou, neste domingo, 14, um anúncio na edição impressa de diversos jornais do país em que reconhece a sua atuação junto à ditadura militar (1964-1985).  Em comunicado, a empresa diz que “lamenta profundamente as violações de Direitos Humanos ocorridas naquele momento histórico e se solidariza por eventuais episódios que envolveram seus ex-empregados e seus familiares”.

A empresa cita que, “por meio de um acordo sem precedentes no país”, disponibilizará recursos a 2 fundos de defesa de direitos difusos e apoiará projetos destinados à promoção de “memória e verdade em relação a violações aos Direitos Humanos ocorridas no Brasil durante a ditadura”.

Em setembro do ano passado, a Volkswagen firmou um termo de ajustamento de conduta em que se comprometeu a pagar R$ 36,3 milhões a ex-funcionários da empresa, que foram perseguidos pela ditadura militar, que vigorou no Brasil de 1964 a 1985.

Veja o comunicados na íntegra.

“Norteada por seu compromisso de longo prazo com o país, a Volkswagen foi a 1ª empresa do setor automotivo a examinar sua história durante o período da ditadura militar no Brasil, ouvindo as entidades e comissões que buscam informações sobre as relações entre o regime à época e o setor privado.

Em nome da transparência, a Volkswagen compartilhou, desde 2015, todas as informações disponíveis com o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado de São Paulo e o Ministério Público do Trabalho. Além disso, por meio de um acordo sem precedentes no país, firmado com essas entidades, a empresa disponibilizará recursos significativos ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (Federal) e ao Fundo Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados (Estado de São Paulo) e apoiará projetos destinados à promoção de memória e verdade em relação a violações aos Direitos Humanos ocorridas no Brasil durante a ditadura militar, de 1964 a 1985, e pesquisas históricas sobre o período.

Em defesa incondicional do Estado Democrático de Direito, a Volkswagen lamenta profundamente as violações de Direitos Humanos ocorridas naquele momento histórico e se solidariza por eventuais episódios que envolveram seus ex-empregados e seus familiares, em total desacordo com os valores da empresa. A Volkswagen reconhece que é responsabilidade comum de todos os agentes econômicos e da sociedade respeitar e promover os Direitos Humanos.”

A Tarde Online

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