A candidata a presidente da República Soraya Thronicke paralisou atividades de campanha por causa de uma crise de recursos em seu partido, o União Brasil.
A legenda não estaria repassando recursos prometidos para financiar compromissos já firmados, e ela até já acionou advogados para tratar do assunto. A interlocutores, ela já afirmou que está em uma guerra interna e pesada contra dirigentes da legenda.
Soraya cancelou viagens e vai se limitar a dar entrevistas.
O economista Marcos Cintra (União Brasil), candidato a vice-presidente na chapa de Soraya, também vai paralisar as atividades de campanha por falta de dinheiro. Ambos são filiados ao União Brasil.
De acordo com interlocutores dele, uma das razões é a escassez de recursos para a candidatura, e a falta de transparência na administração dos recursos.
O problema tem se agravado e outros candidatos, nos estados, têm reclamado de falta de dinheiro para fazer campanha.
Por causa disso, o economista teve que cancelar compromissos agendados em outros estados para divulgar a candidatura dele e de Soraya.
Cintra foi secretário da Receita Federal no governo de Jair Bolsonaro.
Defensor histórico do imposto único, ele se distanciou do ministro Paulo Guedes por divergências na condução da economia, e por Bolsonaro vetar as discussões sobre a volta da CPMF.
Dono da maior fatia do fundo eleitoral, o União Brasil recebeu exatos R$ 757.970.221,27 para distribuir para seus candidatos a cargos majoritários e proporcionais.
A legenda é resultado da fusão entre o DEM, um adversário histórico do PT, e o PSL, sigla fundada por Bivar e pela qual Jair Bolsonaro (PL) foi eleito em 2018.
As informações são da coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo