Itamaraty, AGU e ministério de Damares atuarão na defesa do Estado brasileiro; caso ocorreu em 1982
O caso do defensor de trabalhadores rurais Gabriel Sales Pimenta, morto em 1982 no Pará, foi parar na Corte Interamericana de Direitos Humanos. O Brasil foi denunciado à instituição. Se condenado, seria o primeiro episódio de responsabilização do país pelo assassinato de um defensor dos direitos humanos.
Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o Ministério das Relações Exteriores, a Advocacia-Geral da União e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos atuarão na defesa do Estado brasileiro perante o tribunal internacional.
Gabriel Sales Pimenta era advogado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá e fazia defesa em ações judiciais contra latifundiários. Meses antes de ser assassinado, em julho de 1982, ele havia recebido ameaças e pedido proteção às autoridades.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que ofereceu denúncia à Corte Interamericana, concluiu que o Estado não adotou medidas para proteger Sales Pimenta, que foi omisso nas investigações do caso e que não agiu para resguardar testemunhas e evitar a fuga do acusado.
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