Gestores saíram em defesa da vítima e compartilharam a hashtag “#justiçapormariferrer”
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), criticaram a decisão judicial que inocentou o empresário André de Camargo Aranha, por “estupro culposo”, no caso denunciado pela influencer Mariana Ferrer. Nesta terça-feira (03), os gestores saíram em defesa da vítima e compartilharam a hashtag “#justiçapormariferrer”.
“Estupro culposo não existe. Como pai de meninas e cidadão que acredita na Justiça, fiquei indignado com a condução da audiência e a decisão judicial que utilizou a tese de que não houve a intenção de cometer o crime. Minha solidariedade a Mariana Ferrer”, escreveu Rui.
“Falar em estupro culposo é violentar e humilhar a vítima duplamente. Estupro é estupro e ponto final. Um crime bárbaro, intencional e que precisa ser punido com rigor. Forças a Mari Ferrer e a todas as mulheres do nosso país”, comentou Neto.
A decisão que inocentou o acusado foi tomada em setembro deste ano, mas ganhou repercussão nas redes sociais nesta terça, após o The Intercept Brasil divulgar imagens da audiência em que a jovem aparece sendo humilhada pela defesa de Aranha.
Na ocasião, o promotor responsável pelo caso, Thiago Carriço de Oliveira, alegou que o empresário não tinha como saber que Mariana não estava em condições de consentir com o ato sexual, sendo assim, ele teria cometido “estupro culposo”. Como o suposto “crime” não é previsto por lei e não há possibilidade de condenar quem cometeu um crime que não existe, o juiz decidiu absolver Aranha.
O crime aconteceu em dezembro 2018, durante uma festa no Café de La Musique Floripa, em Florianópolis, Santa Catarina. Mariana foi deixada no local por amigas e, após o abuso sexual, chegou em casa com as roupas sujas de sangue e sêmen. Ela suspeita que foi dopada. Na época, a jovem tinha 21 anos e era virgem.
Estupro culposo não existe. Como pai de meninas e cidadão que acredita na Justiça, fiquei indignado com a condução da audiência e a decisão judicial que utilizou a tese de que não houve a intenção de cometer o crime. Minha solidariedade a Mariana Ferrer. #justiçapormariferrer
— Rui Costa (@costa_rui) November 3, 2020
Falar em estupro culposo é violentar e humilhar a vítima duplamente. Estupro é estupro e ponto final. Um crime bárbaro, intencional e que precisa ser punido com rigor. Forças a Mari Ferrer e a todas as mulheres do nosso país. #justicapormariferrer
— ACM Neto (@acmneto_) November 3, 2020
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