Da coluna de Levi Vasconcelos no Bahia.Ba
Nelson Leal (PP), presidente da Assembleia, contratou um infectologista e já tem pronto um plano para a retomada das sessões presenciais no Legislativo baiano, mas três coisas ele já avisou:
1 — Não vai meter a mão em cumbuca. A decisão da volta jamais será dele, como presidente, e sim colegiada, dos 63 deputados.
2 — As sessões terão que ser presenciais e também virtuais. Não dá para obrigar os deputados mais idosos a irem.
3 — Público nas galerias, nem pensar. Se os deputados quiserem, vai ser como no futebol: torcida, só na televisão.
Produtividade
Dos 63 deputados estaduais baianos, 33, mais da metade, têm abaixo de 50 anos; outros 15 têm entre 50 e 60 anos; nove, mais de 60; e seis, mais de 70; O decano deles, de mandatos (10) e idade, Jurandir Oliveira (PL), tem 82 anos.
Segundo Leal, o colegiado vem acompanhando o dia da crise, e tem plena consciência da gravidade do momento, na casa e nas ruas.
— O certo é que para o público voltar a Assembleia como antes, só depois da vacina. O restaurante, por exemplo… Por lá, passam mais de 3 mil pessoas por dia. Não há como pensar em flexibilizar. Está fechado e vai continuar fechado
Ele diz que, do ponto de vista da atividade finalística, a de legislar, a Assembleia nunca foi tão produtiva:
— Não há um só projeto importante pendente.
É, mas falta o burburinho, que dá o tempero.