Geraldo Freitas, preso por suspeita de matar o médico Andrade Lopes Santana, em Feira de Santana (distante 100 km de Salvador) admitiu o crime em novo depoimento prestado nesta sexta-feira, 6. Ele alegou ter atirado “sem querer”.
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De acordo com o coordenador de Polícia Civil de Feira de Santana, Roberto Leal, em depoimentos de sete horas, Geraldo Freitas contou que teria sido avisado por um guia espiritual que ele seria assassinado por dois colegas de profissão.
“Ele falou que não era inimigo de Andrade, que não havia nenhum tipo de impedimento, mas que no dia 24 ele recebeu a ligação de um familiar, essa pessoa é ligada a religião, ele confia muito nessa pessoa, nos conselhos espirituais dessa pessoa, e essa pessoa teria dito que ele seria morto por dois homens e que esses homens utilizariam uma camisa de um time de futebol para cobrir seu rosto e efetuaria dois disparos contra o mesmo”, disse o delegado Roberto Leal ao G1.
Geraldo justificou ter acredito no aviso e questionada Andrade sobre um “conluio” com um desafeto dele. Hipótese que ele alegou ter sido confirmada ao ter acesso as conversas do médico acreano.
“E pelo teor das conversas, segundo o mesmo, Andrade e essa terceira pessoas estariam planejando a sua morte. Por esse motivo, ele colocou Andrade para pilotar a moto aquática, foi até o meio do rio, e lá no meio do rio, ele exigiu a entrega do celular. Como Andrade não entregou, ele sacou a pistola que ele trazia, colocou contra a cabeça de Andrade e continuou a exigir a entrega do celular. Em determinado momento, Andrade teria feito um movimento brusco e ele efetuou os disparos contra cabeça do mesmo”, contou o delegado.
A polícia segue investigando o caso e ouvirá pessoas ligadas à vítima e ao acusado como testemunhas. Também há a hipótese do crime ter sido cometido por vingança.
A Tarde Online