Domingo, Outubro 27, 2024
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Bahia registra novos casos de doença que deixa ‘urina preta’ após consumo de peixe

Casos recentes aconteceram em Camaçari; antes disso, Salvador e Entre Rios já haviam registros da síndrome

A Bahia registrou três novos casos da doença de Haff, que deixa a urina com a cor de café. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, nesta quinta-feira (12), os casos aconteceram na cidade de Camaçari e todos têm associação com o consumo de um peixe conhecido como “olho de boi”.

Conforme a Sesab, a doença de Haff é uma síndrome de rabdomiólise, que causa ruptura de células musculares sem explicação. Além da mudança na coloração da urina, que está associada a elevação da enzima CPK, os pacientes com a doença também apresentam ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo.

A doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se não tratada de forma adequada, pode levar o paciente ao óbito.

Em agosto de 2020, o município de Entre Rios registrou a ocorrência de três casos suspeitos de doença de Haff com relato de ingestão do pescado. Na ocasião, conforme a Sesab, cinco pessoas da mesma família comeram o peixe “olho de boi”. Cerca de sete horas depois, um indivíduo de 53 anos apresentou os primeiros sintomas, que foram fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas na sequência.

Em Salvador, nos meses de setembro e outubro, duas unidades hospitalares notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff, totalizando seis pacientes que apresentaram início súbito de dor muscular de origem não determinada.

Em nota, a pasta alertou que a população procure uma unidade de saúde imediatamente assim que os primeiros sintomas forem identificados.

Já uma nota técnica destinada aos profissionais de saúde alerta que seja observado inicialmente a coloração da urina. Caso esteja escura, será necessário que o paciente seja hidratado rapidamente entre 48 a 72 horas. É preciso também evitar o uso de antiinflamatórios.

Bahia.Ba – Paloma Teixeira

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