Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Advogado preso tentou ser desembargador do TJ-BA

Operação Faroeste: dois advogados citados e um preso tentaram chegar ao TJ-BA pelo 5º Constitucional

Além de expor as entranhas do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a Operação Faroeste mostrou que o quinto constitucional da Advocacia merece atenção máxima por parte do Judiciário Baiano.

Tentaram chegar ao topo do Judiciário baiano Marcio Duarte Miranda, Marcelo Junqueira Ayres Filho e Gildásio Rodrigues Alves

A regra do quinto constitucional prevê que 1/5 dos membros de determinados tribunais brasileiros (inclusive o TJ-BA) sejam compostos por advogados e membros do Ministério Público Federal ou Estadual, a depender se Justiça Federal ou Estadual.

Nas últimas eleições, pelo menos três advogados tentaram chegar ao topo do Judiciário estadual. Um deles foi Marcio Duarte Miranda, preso desde o fim do ano passado e, segundo o Ministério Público Federal, integrante da “quadrilha” da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, que se encontra presa.

Outro que concorreu foi Marcelo Junqueira Ayres – genro do ex-senador Walter Pinheiro, e alvo de mandados buscas e apreensão nas últimas fases da Faroeste, que recebeu apoio explícito da desembargadora Ilona Reis, também presa.

O terceiro é Gildásio Rodrigues Alves, que fora citado em grampos autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o então presidente da Corte baiana, Gesivaldo Brito.

A disputa pelo quinto aconteceu em fevereiro do ano passado, mas começou quase um ano antes. À época, o franco favorito era Gildásio, que apresentava credencias de acesso político tanto ao governador Rui Costa (PT) quanto ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Marcelo Junqueira Ayres gozava de crédito pelo trabalho no Tribunal Regional Eleitoral, como juiz, onde chegou indicado pelo governo estadual sob o patrocínio do genro Walter Pinheiro. Foi, no entanto, massacrado pelo fracasso retumbante de Pinheiro à frente da secretaria, que culminou na venda do Colégio Odorico Tavares.

Marcio Duarte Miranda, por outro lado, tentava se afastar de sua sogra, Maria do Socorro, e acreditava mais na relação que tinha construído com o desembargador Raimundo Cafezeiro, seu ex-sócio e ex-vizinho em Jequié, cidade muito querida pelo Palácio de Ondina.

Ao final, “passaram” para a escolha no TJ-BA José Aras, Marcelo Junqueira Ayres, Lia Barroso, Esmeralda Oliveira, Gildásio Rodrigues Alves e Eurípedes Brito Júnior.

Aras, referência de honestidade que, entretanto, era visto apenas como um popular professor de curso de Direito, abocanhou a vaga, o que coincidiu com a chegada de seu primo Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República.

Reprodução site Política Livre

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