Um cenário político que vinha sendo desenhado para mais uma disputa entre dois grupos políticos que a quase 20 anos fazem um revezamento na administração municipal. Esse era o filme principal, com alguns coadjuvantes sem qualquer condição de tomar o papel de protagonismo dos dois grupos.
Um grupo que disputou quatro eleições, ganhando duas e ficando 08 anos no poder, que hoje encontra-se reduzido. Com uma liderança que após a saída da administração ficou no ostracismo sem exercer qualquer posicionamento político dentro do município. Talvez, por acreditar que ainda seja “dono” dos votos. Seria tolice dizer que o mesmo não tem votos, pois ficou 08 anos à frente da administração municipal e certamente existem algumas pessoas gratas.
E buscar se sustentar no apoio de pré candidatos filiados ao partido político que ele represente e agrega apenas pessoas do seus velho, e, hoje, reduzido grupo político. Não vejo força para desbancar uma candidatura amparada pelo poder econômico da administração, e, bem como, por ter muitos pontos que podem ser objetos de desgastes políticos em uma campanha que foram os 08 anos de gestão, onde se fez alguma coisa e tem muita denúncias de irregularidades.
Outro grupo que já administrou a cidade outras vezes, na figura dos Mendonça, e, que está atualmente no comando da administração pública do município. Seria bom se não fosse ruim. Sim, caso o povo tivesse vendo uma administração seria e preocupada com os verdadeiros problemas da população mais carente. Obras, sim, temos isso, mais não se preocuparam com as prioridades do dia a dia da população mais carente (saúde, social, educação e fomentar a geração de emprego e renda), esses que em eleição são responsáveis por eleger um candidato.
Várias denúncias de corrupção colocando o governo como objeto de investigação da Policia Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual. Um desgaste absurdo para o grupo. Um grupo que foi claramente construído após a eleição de 2016, com o intuito de continuar com a forma administrativa engendrada na gestão anterior. De dentro, colocam-se como os imbatíveis e que já estariam reeleitos, por terem o apoio de intituladas lideranças políticas do município. E aqui, cabe um destaque para o grande empresário Cesário Costa que vem se anulado politicamente para proveito da atual gestora.
Ele tem um partido estruturado, mas que sem qualquer receio de tautologia, anulou-se, e, talvez, muitos dos nomes que ali estão como pré seguirão o que a gestora determinar e não o que ele decidir. Ademais, ainda existe a disputa pelo nome a vice desse grupo, isso, já é uma situação que causa grande incerteza. Arrota-se a boca-rota que já está certo que Cesário é o vice, ora bolas, então anuncia logo. Uma coisa é certa, muitas pessoas que estavam do lado desse grupo hoje não estão mais, e, também não acrescentam no outro grupo. Ainda, dentro do cenário que queriam desenhar seria o grupo mais forte.
Agora, a surpresa, o novo. Surge nesse desenho um novo risco, que desconstrói a hegemonia e harmoniza a vontade de todos em renovar. Vinha sendo vendido como apoio certo ao grupo dos Mendonça, mas que acordou e percebeu que ele seria o único com efetiva possibilidade de acabar com essa pervertida polarização que ocorre a quase 20 anos.
Entrou tarde? Acredito que não, entrou quando tinha que ser. Vem crescendo, ganhado apoiadores, dentre esses a vice-prefeita e seus correligionários, muitos que estavam ainda por falta de opção pensando em seguir o primeiro ou o segundo grupo acima mencionados, mas que sentiram que a hora de mudar é essa.
Tem serviços prestados no município, gerador de empregos e filho de uma família tradicional do município tem todos os requisitos que o credenciam. Vem se destacando tanto que passou a ser alvo dos jagunços digitais. Hoje quem vem direcionando os debates políticos dentro do município é Alípio, ele assumiu um dos papeis de protagonismo dentro desse pleito, isso para mim é cristalino.
Em resumo, temos três pretensos nomes que serão os atores do pleito eleitoral do nosso município. Assim podemos ter três cenários. Em todos, a atual gestora parte na frente, pois tem a estrutura administrativa a sua disposição, onde só com contratação de pessoal dentro da estrutura administrativa já lhe garantiria uma boa vantagem, mas só isso não é suficiente.
Mas uma disputa com o grupo do ex gestor, ela teria grande chance de ser reeleita. Ainda, existe a possibilidade dos três manterem-se até o fim, e, nesse cenário, acredito que seria o mais tranquilo para um reeleição. Agora a surpresa, foi o novo nome, que ocorrendo um cenário entre ele e a atual gestora, acredito pelo fato de um agrupamento de eleitores do grupo do ex gestor e de várias lideranças que pertenciam ao grupo da gestora que estão insatisfeito, ai a reeleição estaria prejudicada.
✔Ricardo Costa é advogado com atuação predominante nas áreas previdenciárias, direito do consumidor e trabalhista. É delegado da Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia – CAAB, para seccional da OAB de Ipiaú.
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