Na manhã dessa terça-feira (30), no prédio sedia a secretaria da Câmara de Vereadores de Ipiaú, estiveram agentes da Polícia Civil da Bahia, executando a batizada Operação Hermes, que apurou denúncia do vereador Cláudio Nascimento (PP) sobre irregularidades na prestação de contas no consumo de combustível dos veículos que servem ao Poder Legislativo Municipal de Ipiaú.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações foram baseadas no contexto de grandes distâncias percorridas, constatadas a partir da prestação de contas da Câmara junto ao Tribunal de Contas do Município. Segundo o chefe da operação, delegado Rodrigo Fernando, os veículos da Câmara percorreram um total de 91.758 km”.
As apurações, segundo a Polícia Civil, constataram divergências no registro de odômetro dos dois veículos, além de erros que chamam atenção sobre quilometragem e percursos informados, como por exemplo ter percorrido 896 km no percurso de ida e volta da sede do município de Ipiaú para o Distrito de Córrego de Pedras.
Em sua defesa, o vereador Alessandro Moreira, o San de Paulista (DEM), emitiu uma nota, cujo o tom aponta para o que ele chamou de “nítido propósito de atingir a imagem pessoal do Presidente”. Veja a íntegra:
Nota de Esclarecimento.
A Câmara Municipal de Ipiaú, em vista os acontecimentos noticiados nas redes sociais, vem a público esclarecer o seguinte:
Que na manhã de hoje, a Câmara Municipal foi surpreendida com a chegada de Policiais Civis para apuração de supostas irregularidades no âmbito do Poder Legislativo local, no tocante a contratos em execução, após denúncias realizadas pelo Vereador Cláudio Manoel Costa Nascimento.
Diante dos fatos esclarece a Câmara que nada tem a opor quanto ao acesso total de todos os documentos e as atividades relacionados ao Poder Legislativo.
Informa que as contratações e os processos licitatórios foram realizados com a mais ampla legalidade, o que é acompanhado pelo Tribunal de Constas dos Municípios.
Informa ainda que está a total disposição das autoridades policiais para contribuir com as investigações, na plena ciência que os fatos foram motivados por divergências políticas e com o nítido propósito de atingir a imagem pessoal do Presidente.
O delegado Rodrigo Fernando também informou que foram apreendidos três computadores na secretaria da Câmara, além de outros documentos. Um endereço na cidade de Jitaúna também foi alvo da operação.
Rede 2D – Redação