Na política, ela sempre foi uma técnica. Graduada em enfermagem pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Jequié, em 2008, emprestou suas habilidades as gestões de saúde do ex-prefeito Marcos Barreto (PP) e do atual prefeito Gilson Fonseca (DEM). Isso, por nove consecutivos anos, até ser recrutada pelo prefeito de Boa Nova, Adonias Rocha, para ser a sua secretária de Saúde.
Agora, a técnica volta a Itagibá como política. Ingressou no PSD, do senador Otto Alencar, e está pré-candidata a prefeita de sua terra: a primeira mulher, na história do município, a postular a chefia do executivo.
Esteve ontem, 17, na bancada da 2D, no Programa Visão, na sabatina de Gil Pereira e Nailton Borges.
Aos 34 anos, completados no último dia 23 de dezembro, Dalila Lima Aguiar acredita que pode fazer com que o cabo de guerra, dos pelotões de choque de Gilson Fonseca e Marquinhos, arrebente para os dois lados, promovendo a ruptura histórica de um ciclo que ela chama de tira um e bota o outro. “O povo já não quer mais isso”, aposta.
Gilson Fonseca reivindica a coroa de um sexto mandato. Marquinhos Barreto entende que é credor de uma segunda chance e o povo de Itagibá pode acreditar que ele é capaz de fazer, nos próximos quatro anos, o que não foi capaz de realizar de 2012 a 2016, quando esteve prefeito e teve a reeleição perdida para Gilson Fonseca. Os dois são tradicionais disputadores de eleição. Marquinhos esteve em três e perdeu duas. Gilson esteve em seis e ganhou cinco.
CUIDADORA DE PESSOAS
Como principais credenciais a seu postulado, Dalila exibe a condição de cuidadora de pessoas e de conhecer profundamente os problemas de Itagibá e seu povo. “Passei quase 10 anos trabalhando em Itagibá, na área de saúde, e isso me fez conhecer um município como um todo. Estive presente em todas as localidades”, argumenta. “A gente percebeu, em Itagibá, que é preciso cuidar das pessoas, é o que a gente sabe”, assegura a filha do casal Aroldo Aguiar de Souza e Maria Otília Lima Aguiar. O pai, conta Dalila, conhecido como Aroldão, ainda vende leite na cidade. A mãe, a professora Tilinha, também teve um bar em Itagibá, por durante muito tempo.
“Quando a gente sai das quatro paredes de uma unidade de saúde e parte pra campo, a gente sabe realmente do que as pessoas precisam”, relata Dalila. E foi nessa ótica, que ela exibe outra credencial. Desincompatibilizou-se do posto de Secretaria de Saúde de Boa Nova sem ter deixado um único caso de Covid-19 de legado para o sucessor
E narra às justificativas do sucesso, das suas ações a frente da saúde de Boa Nova. “Gostamos de gente, este foi o nosso mérito. Cuidamos de pacientes como se fossem um ente querido nosso”, assegura.
Dalila enumera que sua gestão informatizou todas as unidades de saúde, melhorou a qualidade do serviço, a ambiência e a estrutura e atendimento. “Organizamos um sistema de telemedicina. As pessoas iam às unidades realmente quando precisavam, para evitar sair de casa. Ir, só se fosse urgente. Recebiam todas as orientações em casa, pelos agentes de saúde”, lista a pré-candidata, como um dos feitos justificadores do sucesso no enfretamento ao Covid-19.
Assista a oportuna entrevista com ela:
https://www.facebook.com/109629493849995/videos/2577733979154334Rede 2D – Redação