Sábado, Novembro 23, 2024
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Em Aiquara, transferências constitucionais alcançam R$ 33 milhões em 2022 e pavimentam a privilegiada condição financeira da Prefeitura

Cidade tem ruas asfaltadas, privilégio que não tem cidades maiores, como Itagibá. Aiquara tem arrecadação maior que Barra do Rocha - apesar da população menor - e supera todos os municípios de sua faixa populacional

O leitor da 2D tem que compreender, antes de tudo, que os recursos próprios e as transferências constitucionais não são o todo de uma arrecadação de um município.

Os cofres ainda podem contar, a depender da competência do gestor em buscar recursos, com emendas parlamentares do Orçamento da União, colocadas por deputados federais. Convênios com órgãos do Estado e do Governo Federal. E repasses diretos de verbas federais e estaduais.

Foi, exatamente, com uma emenda de R$ 800 mil do Orçamento da União que foram viabilizadas as obras de asfaltamento de parte do perímetro central urbano do munícipio.

Mas, mesmo sem isso, a condição do município de 4.387 habitantes (IBGE, 2021) é privilegiada. Ele tem a 409ª menor publicação entre os 417 municípios baianos e já recebeu – até esta segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 – o montante de R$ 33.507.235,87 em transferências constitucionais. Os números são da Confederação Nacional dos Municípios, a CNM.

Comparado com este mesmo período ano passado, o salto foi de 34,2% de crescimento. Transferências constitucionais, como o nome diz, são os recursos provenientes da arrecadação de tributos federais ou estaduais, que são distribuídos aos estados, Distrito Federal e municípios, com base em dispositivos constitucionais.

A 2D, tendo o IBGE e a CNM como fontes, fez um comparativo entre Aiquara e municípios de faixa populacional similares, de pouco mais de 4 mil habitantes.

MunicípioPopulaçãoRecebido até
19/12/22
Ribeirão
do Largo
4.896 R$
 34.075.207
Gavião4.417 R$
 24.808.223
Aiquara4.387 R$
 33.507.235
Dom
Macêdo Costa
4.072 R$
  23.132.822
Ibiquera4.047 R$
  22.955.162
Contendas
do Sicora
4.025 R$
 23.685.624

Como pode ser verificado na tabela abaixo, o crescimento é geral nos repasses. Mas dois se destacam. O Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – saltou de R$ 3.604.102,38 para R$ 5.774.852,04. São 60,2% a mais.

A Agência Nacional do Petróleo – ANP -, leia-se royaltes da exploração desta riqueza mineral – repassou para os cofres do município de Aiquara R$ 9.807.021,42. Cresceu 45,6% – comparativamente ao mesmo período do ano passado.

AiquaraATÉ
19/12/21
ATÉ
19/12/22
FPMR$
 12.166.520
R$
 15.281.276
FUNDEBR$
 3.604.102
R$
 5.774.852
SAL.
EDUC.
R$
 88.617
R$
 113.899
ITRR$
 4.530
R$
 6.865
FEXR$
 0,00
R$
 0,00
CIDER$
 4.503
R$
 6.999
FEPR$
 202.398
R$
 326.359
ANPR$
 6.733.802
R$
 9.807.021
CFEMR$
 0,00
R$
 0,00
AFMR$
 0,00
R$
 0,00
Lei
Kandir
R$ 2.955R$
 0,00
ICMSR$
 2.153.581
R$
 2.189.963
TOTALR$
 24.961.013
R$
 33.507.235

Outro comparativo, Aiquara x Barra do Rocha, também atesta a folgada situação financeira do munícipio. Barra do Rocha tem mais população e menos recursos.

MunicípioPopulaçãoRecebido até
19/12/22
Barra
do Rocha
5.515 R$
30.012.749
Aiquara4.387 R$
 33.507.235

Receitas próprias
Além destes repasses federais, existem as receitas próprias municipais. As receitas próprias são as competências dos municípios para instituírem impostos que são IPTU, ITBI, ISSQN e mais as contribuições de melhoria e taxas. Elas são diretamente cobradas e arrecadadas pelas prefeituras.

Portanto, não tem do que reclamar o prefeito Delmar Ribeiro (PP), quando o assunto é arrecadação. A sua gestão tem recursos e de sobra.

2D com dados
do IBGE e CNM

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