Pela versão do enfermeiro, só agora revelada, ele foi humilhantemente descartado, restando o socorro dos braços da candidatura de ACM Neto
Entre a surpresa e o espanto, é o que se pode imaginar da reação do enfermeiro Alexandro Miranda, quando acessou a edição de 21 de dezembro de 2021 do Diário Oficial do Governo do Estado da Bahia.
Ele descobriu que os seus serviços de diretor geral do Hospital Geral de Ipiaú (HGI) estavam dispensados – e de forma humilhante, porque não foi comunicado pelos seus superiores da Secretaria de Estado da Saúde da Bahia – Sesab.
Também não foi, muito menos, avisado pelos seus padrinhos na política, vez que o assento no cargo, embora uma função técnica, demanda QI.
Que susto! As vésperas do natal e no dia em que sua genitora completava mais um ano de vida, Alex Miranda descobriu-se politicamente órfão.
À época, a imprensa informou – com o silêncio consentidor de Alex – que teria sido uma “exoneração a pedido”.
Mas na manhã de hoje (26), no Programa do Amarelinho na Ipiaú FM 91,9 – ele resolveu revelar a verdade, quebrando um estranho silêncio. "Eu fui retirado do cargo de diretor do HGI e não fui comunicado nem o porque eu perdi o cargo", relevou.
Com Aline Peixoto, esposa do Governador Rui Costa (PT). Diziam ser ele profissional de confiança dela e que eram muito próximos. Mas, estranhamente, Alex Miranda passou a não ter nenhuma valia e foi descartado"A minha sorte é que, antes de eu ir para o HGI, eu fui acessar o Diário Oficial, porque estava esperando a publicação de um outra coisa", explicou Alex, como veio a saber de sua exoneração e não chegou às dependências do Hospital sem ter conhecimento que estava desligado.
Foi substituído por Daniel Silva Fernandes Dias, esposo da secretária de Saúde de Ipiaú, Laryssa Dias.
Uma surpresa a saída e ainda mais surpreendente o modo vexatório e humilhante. Até ali, era Alex um assíduo frequentador dos cargos de direção da Secretária de Saúde do Estado.
Dirigiu, durante dois anos e oito meses, uma rede de 29 hospitais, incluindo o Prado Valadares, em Jequié, e outras unidades em Vitória da Conquista e Guanambi.
No HGI, estava na sua segunda passagem. A primeira foi em 2019, quando ficou por nove meses, se afastando do cargo para concorrer nas eleições municipais de 2020, tentando ser prefeito de Ibirataia. Ficou em terceiro, correu bem fora, reuniu 2.248 votos (20,45%). Retornou ao HGI em abril de 2021 e permaneceu até dezembro.
Alex também revelou a Amarelinho que sua orfandade seguiu ininterrupta, desde então. "De dezembro de 2021 até setembro de 2022, eu fiquei sem ter acesso a base do governador", lamentou. "Inclusive, o candidato Jerônimo Rodrigues esteve em Ibirataia e eu não fui chamado para participar de nada", acrescentou, dando conta de que estava consumado e consolidado o seu descarte.
Restou ao enfermeiro, que também é consultor em Saúde Pública, os braços da candidatura de ACM Neto e a esperança de voltar a ser solicitado pelo Governo da Bahia, em caso de vitória.
Mas ele tem, ainda, outras explicações sobre o seu descarte, a sua ruptura e a sua adesão a campanha de ACM Neto. Assista a íntegra da entrevista.
2D
Comentários
