Caso amoroso com outra mulher pode ter motivado crime
Shirley Silva Figueiredo, viúva do empresário Leandro Troesch, foi presa nesta segunda-feira (9/5) na zona rural do município de Iaçu, a 279 km de Salvador. Ela tinha mandado de prisão de aberto por descumprir as medidas de prisão domiciliar. Além disso, é investigada pela possível execução do marido, ocorrida em fevereiro.
A mulher foi localizada por agentes da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Antônio de Jesus). “A prisão dela vai ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte do empresário. Ela também participará da reconstituição que ocorrerá na pousada”, explicou o coordenador da unidade, delegado Joaquim Souza.
A custodiada foi transferida para a sede do Departamento de Polícia do Interior (Depin) em Salvador, onde será apresentada e ficará à disposição da Justiça.
CRIME
O caso da morte de Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, na cidade de Jaguaribe, a 106 km de Salvador, ganhou outro episódio após a soltura de Maqueila Bastos, no dia 22 de abril. Ela é apontada como amante de Shirley, o que teria provocado a ira do empresário, que não aceitava o relacionamento.
O inquérito enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que indiciava Shirley por homicídio e Maqueila por participação, foi devolvido à Polícia Civil para “prestar diligências”, conforme confirmou o delegado responsável pelo caso Rafael Magalhães, em entrevista ao programa Cidade Aratu.
“No laudo cadavérico, o médico legista, que fez o laudo que é inconclusivo, diz que foi suicídio. Só que ele é médico legista, ele não é delegado de polícia que se debruçou durante dois meses nesse inquérito e ouviu mais de 20 pessoas e trabalhou em cima dos laudos. O laudo de pólvora robusta dá negativo [para pólvora] na mão dele [Leandro] e na mão dela [Shirley], mas eu tenho um depoimento que diz que ela lavou as mãos, tomou banho e depois foi feito o exame”, disse o delegado no dia 22 de abril.
Durante a entrevista, o titular da Delegacia Territorial de Jaguaripe apresentou o primeiro laudo realizado pelo legista Marcelo Seabra, utilizado como base para a confecção do inquérito. Nele, é apontada a causa da morte do empresário como homicídio, causada por disparo de arma de fogo. O registro ainda aponta que, pela posição de entrada e saída da bala, a configuração do ato é “distinto do habitualmente visto em caso de suicídio”.
Aratu Online