"Inúteis se tornam as leis que regulam tempo de espera nas filas das agências bancárias", avalia o jornalista, em texto que a 2D reproduz
MARTIRIO NA ESPERA DE ATENDIMENTO/ NOSSA CAIXA NOSSO BANCO
-José Américo Castro-
Sob o sol escaldante do meio dia dessa terça-feira, 15, em Ipiaú, dezenas de pessoas estavam submetidas ao martírio de aguardar atendimento na agencia da Caixa Econômica Federal em Ipiaú.
A situação vexatória e humilhante se repete a cada dia, gerando glomerações e reclamações. Muitos estavam na fila de espera desde as 9 horas ou até mais cedo.
A maioria deles com a barriga vazia e a cabeça doendo, fervilhando com a alta temperatura, bem mais de 30 graus. Tem aqueles que correm para onde tem sombra no outro lado da rua e continuam esperando.
Outros, com sombrinhas, guarda-sol, papelão, paciência e protestos que pouco sensibilizam aos gerentes da agencia, às autoridades, aos responsáveis por tamanha falta de respeito, se acotovelam, esperam.
Aguardam o momento do refrigério, na frescura dos condicionadores de ar. Alguns nem são atendidos.
Inúteis se tornam as leis que regulam tempo de espera nas filas das agências bancárias, as exigências de toldos para garantir sombreamento.
O povo pobre sofre o tormento para sacar o minguado trocado, para ter direito a um atendimento, resolver alguma transação bancária.
A inflação consumirá ligeiro o que ali buscam.
Desprestigiados brasileiros que movimentam a abastada instituição financeira e que deveriam no mínimo ter um outro tipo de receptividade.
Tratamento digno é o mínimo que se espera daquilo que dizem ser nosso.
Texto originariamente publicado na página do Facebook do autor. Clique aqui e acesse