Mesmo não sendo um setor que esteja ligado diretamente ao combate à Covid-19, a Secretaria Municipal de Educação de Ipiaú não tem funcionado, nesses quase 2 meses de paralisação. Pelo menos, no que se refere a contatos com os professores e muito menos com o órgão os representativos, como APLB, Associação dos Professores Licenciados da Bahia – Delegacia Vale Rio de Contas. “Embora esta última tenha solicitado através de ofícios”, registra a professora Thatiana Eça, diretora-geral do sindicato.
A constatação foi feita pela em entrevista ao programa Visão desta quarta-feira, 12.
A diretora da APLB informou ainda que a entidade, por meio de ofícios, também solicitou audiências via vídeo conferencia, a fim de tratar assuntos referentes à distribuição do vale alimentação aos alunos da rede municipal, à elaboração se um plano de reordenamento do ano letivo, visando o fim da pandemia. Ainda, questões relativas aos direitos da categoria, não tendo obtido nenhuma resposta por parte da secretaria.
Perguntada sobre a atitude da gestão municipal de solicitar atestado médico dos profissionais da educação, Thatiana Eça declarou tratar-se de uma exigência absurda e inoportuna, uma vez que os profissionais, na sua maioria, pessoas de 50 anos ou mais, fazendo uso contínuo de medicamentos, tem que se proteger, e não saírem às ruas, atrás de médicos em hospitais e consultórios à procura de atestados.
Thatiana destacou também a postura firme da APLB em relação à importância do adiamento do ENEM, uma vez que os alunos da rede pública não estão tendo aula, diferentemente dos alunos das escolas privadas, que estão em contato constante com o conteúdo. “Tomemos como exemplo os alunos da rede municipal, onde algumas escolas estão enviando atividades escolares, quando a maioria não consegue manter contato com seus alunos por falta de estrutura”, comentou.
Rede 2D – Redação
Por Gil Pereira
Assista o Programa Visão e a entrevista completa com Thatiana Eça