Colocado na condição de “pré-candidato ao governo da Bahia nas eleições de 2022”, o senador Jaques Wagner (PT) afirmou em entrevista que não tem como proibir que deputados aliados na Bahia deem sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara Federal.
“Alguns dos nossos aliados na Bahia são da base de sustentação do governo federal. Com isso, ganham mais musculaturas com emendas. Essa é a reclamação do PT. Mas eu não posso fazer nada. Não posso proibir os partidos que estão comigo na Bahia de estarem com o governo federal em Brasília”, afirmou o petista, ao ser questionado se o Partido dos Trabalhadores não estaria em desvantagem numa aliança com o PSD e PP, legendas com mais de 200 prefeitos eleitos em 2020, enquanto o PT elegeu apenas 32 gestores municipais.
Na entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 24, Wagner foi questionado se há riscos do PP nacionalmente vetar os progressistas baianos de apoiar a candidatura do ex-presidente Lula (PT) no estado. O senador defendeu que a decisão é de cada deputado.
“As pessoas analisam a eleição pela lógica dos majoritários e, na verdade, muitas decisões são tomadas em função dos interesses proporcionais. Quem dá o fundo partidário é o deputado, por isso ele diz em qual chapa vai querer estar”, acredita.
Wagner afirmou ainda que a aliança com o PSD e PP na Bahia já está renovada para 2022. “Já fiz reunião com PP, com o PSD, não vejo ninguém desgarrado, a não ser o PDT, porque o Ciro Gomes tensionou”, revelou o petista.
A Tarde Online
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