Medida Provisória permite que produtores de cacau tenham até 80% desconto em dívidas e possam parcela-las em 10 anos

As dívidas originadas no Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira

De acordo Milton Andrade, presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, a MP baixada para contemplar setores (indústria, comércio e agronegócio) envolve a lavoura cacaueira e em torno de três mil produtos endividados foram alcançados.

A coluna de Levi Vasconcelos, do Jornal A Tarde, Milton explicou que o valor pode cair em até 80%. E quem não tem dinheiro ganha dez anos para pagar. “Isso é muito bom”, avaliou o líder cacaueiro.

Segundo Milton, por conta da herança maldita, os bancos travaram os cofres para o cacau. E os grandes produtores, que representam muito, estão entre os endividados. Aí vem o lado bom: os cofres se reabrem para eles.

Ele também entende a hora de a região do cacau dar a grande virada.  Cita um detalhe interessante: “no Brasil antes produziam cacau Espírito Santo e Pará. Hoje tem também Rondônia, Amazonas, Mato Grosso. Na Bahia, além da região cacaueira tradicional, tem também em Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Chapada Diamantina e Juazeiro”, ponderou Milton.

A aprovação da Medida Provisória 1.016/2020 pelas Câmara dos Deputados aconteceu nesta quarta-feira, dia 28, que inclui o parcelamento das dívidas dos produtores de cacau da Bahia. Agora, ela segue para a revisão do Senado Federal.

Rede2D - Redação
Com Levi Vasconcelos
Jornal A Tarde