Domingo, Novembro 24, 2024
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Com um século de vida, Nicinho Araújo parte para a eternidade

Confira vídeo e imagens do Seu Nicinho, além da sua história de vida, em texto extraído do Facebook do jornalista José Américo Castro

Eunécio Marinho Araújo morreu na noite dessa segunda-feira (12). Conhecido como Nicinho, ele ficou internado por oito dias no Hospital Geral de Ipiaú – HGI.

Há 2 dias, ele foi infectado pelo Covid-19, mas não é possível, ainda, confirmar que essa tenha sido causa do falecimento. O sepultamento ocorreu na manhã dessa terça-feira (13), no distrito de Poço Central.

Daqui em diante, você conhece a história de vida de Seu Nicinho, em texto extraído e reproduzido do perfil do jornalista José Américo Castro no Facebook. Foi originariamente publicado em 4 de junho do ano passado, quando ele completou um século de vida.

UM SÉCULO DE VIDA SAUDÁVEL E PACIFICA
-José Américo Castro-

Com boa saúde, memória privilegiada e uma família unida, além de muita fé em Jesus Cristo, o aposentado Eunécio Marinho Araújo, mais conhecido como “Seu Nicinho”, chegou aos 100 anos de idade. O aniversário, nesta quinta-feira, 4 de junho, está sendo comemorado por parentes, amigos e membros da comunidade evangélica , especialmente os irmãos da Assembleia de Deus, onde congrega em Ipiaú.

Todos os dias celebra a vida.
Ler a Bíblia, entra em oração, agradece a Deus pelas dádivas recebidas, por ainda está ao lado da sua esposa Antonia Santos Araújo , 92 anos, com a qual gerou nove filhos que aumentaram a descendência em 30 netos, 32 bisnetos, e tataranetos.

O casal está junto desde o dia 9 de setembro de 1945 , data em que o padre Simão Phileto celebrou a cerimônia do matrimônio , na localidade de Dois Irmãos (hoje Ubatã).

Além dos filhos biológicos: Maria Conceição, Maria Rita, Leôncio, Maria Rosa, Jaime , Maria Odália, José, Maria Siléia e Julio, seu Nicinho e dona Antonia, adotaram 32 crianças e apadrinharam centenas de outras. São quase mil afilhados.

Nascido no inicio da madrugada do dia 4 de junho de 1920, na região da Canoa Virada, margem esquerda do Rio das Contas, Eunécio foi o primogênito dos cinco filhos do casal Eufrásio Peixoto Araujo e Maria Conceição Souza Araújo. As primeiras mãos que lhe tocaram foras as da parteira Emiliana.

Na época do seu nascimento, o povoado de Rapatição que deu origem à cidade de Ipiaú , começava a ser formado.

Licinho cresceu na labuta diária de uma fazenda que seu pai gerenciava. Auxiliava na lavoura, na pecuária, conduzia tropas, assistia trajetos de bandoleiros, presenciava fatos que se tornaram lendários.

Morou no Curral Novo em Jequié , onde conheceu de perto o famoso Capitão Silvino.

Aos 16 anos já estava tocando boiadas pelos sertões da Bahia e Minas Gerais, cavalgando, cercando boi em arribadas, descobrindo novas sensações.

As viagens duravam meses e exigiam muitos sacrifícios. Em uma delas chegou a passar fome durante três dias seguidos. Enfrentou inúmeros perigos, sobreviveu. Até os 30 anos esteve nessas aventuras.

Ao atingir a maturidade resolveu acomodar-se com gerente de fazendas, permanecendo em tal profissão até os 65 anos. Trabalhou para seis fazendeiros, sendo um deles o senhor Deraldo Peixoto de Araujo, proprietário da Fazenda Palmeira, no município de Itapitanga, e pai do médico Deraldino Araujo, ex-prefeito de Ipiaú.

Nicinho criou fama como amansador de burro brabo e bom vaqueiro. Com seu ferrão desafiou e derrotou muito marruá violento.

Depois de uma noite de tribulação, na madrugada do dia 2 de março de 1969 se converteu ao evangelho. Em seguida foi batizado pelo Pastor Valdomiro Oliveira, da igreja Batista de Itapitanga.

Prosperou, comprou fazendas, criou gado, estabeleceu parcerias com outros pecuaristas. Ele faz questão de citar o nome de José Nilton Montanha Castro, o popular “Zé Bufão”, como um dos seus melhores e mais honestos parceiros .

Vídeo extraido do perfil de Anderson Eloy no Facebook

Ainda compra, cria e vende gado.
Na fé cristã seu Nicinho tem encontrado muita felicidade. Quatro dos seus filhos, dentre os quais uma mulher, tornaram-se pastores, o mesmo ocorrendo com dois sobrinhos e uma nora.

Antes da pandemia frenquentava com assiduidade os cultos da Assembleia de Deus, Continua promovendo cultos domésticos ,aconselhando , pregando, transmitindo a palavra do bem, evangelizando.

Às vezes senta na porta da sua casa, na Rua Rio Branco, e distribui folhetos com mensagens cristãs, cumprindo assim a missão de um homem de paz..

Rede2D – Redação

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