Ele ficou em terceiro lugar no páreo, nas eleições do ano passado, e não conseguiu a coroa de um sexto mandato de prefeito de Itagibá. Mas o ex-prefeito Gilson Fonseca (DEM) não se faz de arrogado e joga confete no seu desempenho, de 2017 a 2020, quando sentou na cadeira que, pelos próximos quatro anos, será ocupada por Marquinhos Barreto (PC do B).
Começa pela gestão financeira e assegura que deixou os cofres da prefeitura abarrotados, com pouco mais de R$ 17 milhões em caixa. “O ex-prefeito Gilson Manoel Fonseca, disse nessa tarde que entregou a Prefeitura Municipal de Itagibá/BA com dinheiro em caixa, cerca de R$: 17.125.211,46 (dezessete milhões, cento e vinte e cinco mil, duzentos e onze reais e quarenta e seis centavos). para o próximo gestor“, disse o texto, assim em terceira pessoa, que o ex-prefeito destinou à Redação da Rede2D.
Pela que argumenta em sua defesa, o médico e ex-prefeito virou o jogo das contas públicas, porque diz ter enfrentado uma série de dificuldades financeiras de 2017 a 2019. “Mas com muito trabalho e esforço conseguimos pagar uma série de dívidas com fornecedores e prestadores de serviços”, assegura Gilson, em seu texto.
Ele falou ainda que esse dinheiro dá uma boa margem para que o prefeito atual inicie o ano sem ter nenhuma dificuldade financeira. “Ao contrário do que eu encontrei em 2017 quando assumir”, conta Fonseca, recentemente nomeado médico-gerente do Programa de Saúde da Família em Jequié.
“Fizemos muito por Itagibá e confesso que gostaria de ter feito muito mais, porém respeitamos o desejo da comunidade. Quero aqui deixar registrado meu desejo de sucesso ao novo Gestor e equipe para que possam trabalhar por nossa Itagibá com toda dedicação, responsabilidade e competência“, Gilson Fonseca
O ex-prefeito afirma ter implantado uma dinâmica de inovação que possibilitou várias conquistas. “Entre elas, uma gestão enxuta e com eficiência administrativa que possibilitou deixar nos cofres públicos, o montante de mais de 17 milhões de reais, sendo deste valor R$: 11.825.742,76 referente ao precatório do antigo FUNDEF e R$: 5.299.468,70 em recursos próprios‘, enumera Gilson Emanoel Fonseca,
Estes números comprovam o quanto nos dedicamos a gerir os recursos públicos com responsabilidade, mesmo frente à inúmeros desafios encontrados. E desejo, pra esse ano um Tempo de Fraternidade, Saúde e Tolerância para que Itagibá, e o nosso Brasil possam caminhar com Justiça e Paz, ” para o bem-estar de todas as famílias Itagibense”, Gilson Fonseca.
Resta ao povo de Itagibá explicar por que não reelegeu Gilson. Ao contrário, impôs um terceiro lugar na peleja eleitoral. E o espaço está franqueado a administração do prefeito Marquinhos Barreto (PC do B), para confirmar, ou não, se o caixa ficou assim abarrotado e o que pretende fazer com tantos recursos herdados.
Marquinhos, de gravata vermelha, ao lado do deputado estadual Fabrício Falcão (PC do B): segundo Gilson Fonseca, herdou o cofre cheio
Em tempo – Prefeito cinco vezes de Itagibá
Gilson Emanoel Fonseca, 74 anos, participou de sete eleições para prefeito de Itagibá. Venceu cinco e perdeu duas. Em 1989, aos 43 anos, conquistou votos para chefiar pela primeira vez o executivo municipal da cidade onde nasceu. Retornou ainda mais quatro vezes ao posto e administrou Itagibá pelos períodos: 2º -1997 até 2000; 3º – 2005 até 2008 4º – 2009 até 2012 e de 2017 até 2020.
Tentou a coroa de um sexto mandato ano passado, mas ficou em terceiro no páreo. Marquinhos Barreto venceu com 47,73% dos votos válidos, num total de 4.113 votos. Enquanto a enfermeira Dalila Aguiar (PSD) somou 2.207 votos (25,61% dos votos válidos). Gilson Fonseca teve (DEM) 2.170 votos (25,18% dos votos válidos).
Rede2D – Redação
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